tag:blogger.com,1999:blog-72452553576896311212024-03-13T01:59:58.481+00:00 que o dia te seja limpomargaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comBlogger264125tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-89854215180978387192018-01-31T23:44:00.000+00:002018-01-31T23:53:00.765+00:00quando um filho se emociona com a beleza de um peixe<div style="text-align: justify;">
Tento arrumar estes anos na minha cabeça. Não estou a fazer psicoterapia há mais de um ou dois anos, não me apetece fazer contas. Penso que ainda me sinto um pouco abalada por tudo, pois ainda preciso de ir falando das coisas. Como alguém que sofreu um acidente e relata os eventos a cada pessoa com que se cruza. Por outro lado, tenho vontade de estar de pé, já não deixo que essas coisas me abatam funcionalmente.
As voltas que a vida dá. São seis anos, o tempo de vida deste blog que atravessou a minha tomada de coragem para me lançar a tratamentos de fertilidade, seguidos de um turbilhão de emoções que culminaram com o abandono do sonho da maternidade biológica, em 2014, e, depois, a escalada com a minha histerectomia, a perda de emprego do Chaparro, a chegada dos meus dois filhos e a perda do meu pai. 2012 foi ainda agora, mas foi há muito mais do que seis anos. Agora, os meus pensamentos são interrompidos por coisas como quando o meu filho se emociona com a beleza de um peixe. E suspeito que isso terá um influência na minha escrita. A ver vamos, estou a tentar regressar. Estive três anos sem ler livros sobre parentalidade e praticamente sem escrever sobre o tema.<br />
<br />
O dia é limpo quando um filho se emociona com a beleza de um peixe,<br />
<i>Cipreste</i><br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-38141953437204721202018-01-25T10:13:00.002+00:002018-01-25T10:18:20.664+00:00Um novo regresso<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">Olá :)</span></div>
<br />
<div style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">Sim, faço um novo regresso ao blog.</span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Tenho sempre muitas saudades, mas o caminho, por vezes, implica ausências.</span></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">
</span><span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Nos próximos dias, falarei do que temos feito.</span></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">
</span><span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Hoje, quero deixar esta mensagem: </span><a href="https://www.facebook.com/marcospiangers/videos/1455263041223673/?hc_ref=ARQ6uSBtKxngqp-RGBUg3ACz9Gv7MTcouh9LM99SE9tF4l_jxFQrfh01JSJq6_2mf5M" style="font-family: inherit;">Amo-te</a><span style="font-family: inherit;">.</span></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Acho que posso dizer que é uma mensagem com uma importância especial para as pessoas que passaram por situações como os nossos filhos.</span></span></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: inherit;">
</span><span style="font-family: inherit;"></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #1d2129;">E, com isto, partilho aqui convosco uma
coisa de que dei conta recentemente:</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Sempre que ia aconchegar a minha filha (agora com 13,
adoptada aos 10), ela não me dava tempo de lhe dizer “amo-te muito” ou, no
início, “gosto muito de ti”. Assim que eu me aproximava para lhe dar beijinho
ela sacava rapidamente do “adoro-te!”</span></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">
E eu sentia a frustração de não ser a primeira a dizê-lo.<br />
E sentia que havia ali uma pressa. Quase como que um garantir de que ali seria
proferida uma declaração de amor.<br />Recentemente, a minha filha começou a dar-me espaço e agora sou eu que digo primeiro.<br /><span style="line-height: 107%;">Ela espera por mim. Ela não receia que reste silêncio.
Ela confia em mim. Ela SABE que eu a amo.</span><br /><br /><span style="line-height: 107%;">
Bom dia a todos :)</span></span></span><br />
Que o dia vos seja limpo,</div>
<span style="line-height: 107%;">
<i><div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
</i></span>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-57637787780635708402017-05-08T12:19:00.003+01:002017-05-08T12:30:35.849+01:00Carpe Diem<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As crianças só querem ser felizes. As crianças não querem
chatear a cabeça a ninguém.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ontem, vi um meme no facebook que era assim:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<u>Ciclo da vida em 3 passos</u></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1º nascemos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2º que raio é isto?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3º morremos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O meu pai disse-me, quando percebeu que já lhe restava pouco
tempo de vida - <i>olha que a vida são só 2 dias, eu pensava que eram 3, mas são
mesmo só 2.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E é isto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nascemos, chateamo-nos e morremos. Não sei, nem me interessa
explorar, se foi sempre assim, se alguma vez o Homem soube viver e se
desaprendeu, etc. Acho mesmo que cada época tem as suas coisas boas e as suas
coisas más e que não é possível fazer comparações. Se o mundo vai acabar um dia
destes, ora porque implode, ou é invadido por marcianos ou outros, ora porque o
próprio homem se aventure numa 3ª guerra mundial, também me interessa pouco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não hei-de ficar cá para a semente, nem me sentirei sozinha
no inferno, certamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma amiga publicou um livro lindo e sereno, o ano passado. É
um livro onde se vive devagar, ou antes, onde se vive. <i>Spoiler</i>: acaba assim “as
pessoas deveriam ser deixadas em paz”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E é isto, também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E, também ontem, outro meme no facebook sobre a grande salganhada de competências aparentemente necessárias para se ser pai/mãe hoje em dia me fez rir de mim, de todos nós. Aquele riso de quem já está no limiar ora da loucura, ora de baixar braços e desistir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uff.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou cansada. Estamos todos cansados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não estou para aqui a desbaratinar como se eu fora uma carta
fora deste baralho. Aliás, às vezes, penso que sou eu que estou a dar cartas
neste eterno complicar da vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade é que ainda não encontrei a solução para as
coisas. A verdade é que tantas vezes ando com o coração nas mãos. A verdade é
que, demasiadas vezes, me apetece fugir. Tornar-me uma espécie de auto-excluída
da sociedade. Mas lá me vou lembrando que não posso fazer isso aos meus filhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Será que não tenho estofo para a vida? Serei uma fraca de
espírito? Sim, questiono-me. Já o disse aqui várias vezes, não sou uma pessoa
toda resolvida que já percebeu como é que isto funciona e só anda para a
frente. Não, sou uma barata tonta, é ver-me a inverter marcha, andar para a
frente, recuar, tomar outro caminho. Tudo, menos a, que me parece confortável, sensação de andar para a frente, em linha recta, tranquilamente, sem
sobressaltos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não sei como é a vossa vida, mas a minha está sempre a
mostrar-me como “oh, vês como podia ser pior do que há uma semana? Toma lá um
novo sarilho e embrulha.”. Não estou a exagerar. Sendo bem certo que estou
consciente de que as minhas escolhas nunca foram no sentido de uma vida despreocupada,
também não era preciso exagerar. Há dias em que a dose é de tal modo violenta
que ando com o estômago embrulhado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É nesses dias que digo ao Chaparro “vamos embora”. Às vezes,
ele diz “vamos”, outras vezes responde com a pergunta “para onde?”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chiça, mundozinho hostil, este. Quando foi que nos tornámos tão cruéis? Eu acho que a
resposta a esta pergunta é a afirmação definitiva “nunca fomos bondosos”. Num sentido
lato, comunitário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quantos fenómenos há de comunidades que tentaram e falharam?
Então, se a solução também não está numa nova fórmula de comunidade, como é que poderemos
viver nesta eterna investida de uns para os outros? Na defensiva? Não posso,
não consigo, recuso-me.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu acredito nas pessoas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas o que quer isto dizer - acreditar nas pessoas? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acredito, acima de tudo, que não sou a única pessoa a querer
o bem comum, para além do meu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O bem comum, o que é isto? É viver e deixar viver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltamos ao início, não é? Então, porque não o fazemos,
porque somos tão cruéis uns com os outros? Ou, será que faço parte de um grupo
de pessoas tão sensiveizinhas, umas imaturas, sei lá, que deviam mais era
crescer e aceitar o mundo tal como é?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uff.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pode ser, sim, em parte. Mas também não é a resposta definitiva,
pois se é verdade que me reconheço uma beca ingénua, também é verdade que sei
identificar maldadezinhas desnecessárias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mundo avança e não espera por nós. Quem já perdeu um ente
querido sabe disto. É assim, ponto. Mas eu penso que este facto não deveria
servir para justificar porque avançamos tantas vezes sem poder abrandar o passo
esperando por aqueles que não são como a grande maioria no ritmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existe uma grande maioria de “nós”, sim. E existem milhentos
grupos de minorias que sofrem por não ter o mesmo ritmo, mas o mundo não se
compadece com minorias.<o:p></o:p><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, este rol de ideias que vos trago hoje é uma grande salaganhada que
provavelmente não se percebe e serve para desabafar sobre as provações a que os
meus filhos estão sujeitos no dia-a-dia. Não lhes bastasse a vida lhes ter sido
penosa na sua primeira fase, quando se tentam pôr de pé o mundo não espera por
eles e rasteira-os, atropela-os, fá-los sentir diferentes, de facto. E eles
confirmam “sou diferente”. O pior é o fluxo habitual das ideias “sou diferente,
de facto, por isso todo o mal que me aconteceu, a culpa é minha, não presto,
não mereço ser feliz” e, vai daí, o que se faz? Mais asneira. É um ciclo bem
tramado de interromper, considerando que nós pais, ainda por cima, não somos
perfeitos pelo que nem sempre temos a atitude que melhor serviria ao bem-estar dos nossos filhos. Fónix, pá. (<i>pardon my french</i>)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<br />
Suspiro.<br />
<br />
<br />
Haja a noção de que hoje é um novo dia. A lembrança do
pequeno-almoço-banquete que a minha filha me preparou ontem de manhã, levantada
com a ansiedade desde as 6h30 e a preocupação do meu filho com o mundo:<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Há dias…</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- já se sabe quem é o presidente da república de França?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- vai a empate<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- quem e quem?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Macron e Le Pen (já intrigada por não me lembrar de lhes
falar nisto)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- podias ir a França votar no Macron para a Le Pen não
ganhar<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(WTF?! Onde é que o puto foi dar conta disto tudo?)
expliquei-lhe a necessidade de se ser cidadão do país para votar nas suas
eleições<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Ontem à tarde…</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- já se sabe se foi o Macron que ganhou? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(a sério? Ninguém referiu as eleições, a tv esteve desligada
o dia todo excepto para o zigzag)<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Hoje de manhã, ao pai…</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- já se sabe se foi o Macron que ganhou? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- sim<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- ainda bem, é menos mau para os refugiados<o:p></o:p><br />
(sim, ele disse isso, ele estava preocupado com <i>isso</i>!)<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E é isto, amigos. É isto.<br />
Mais, só mesmo lembrarmo-nos a cada
dia de que somos imperfeitos (por isso se inventou deus) e que cada pessoa que
atravessa o nosso caminho trava as suas batalhas, respirar antes de responder
ou reagir aos outros. Quero tanto ser melhor pessoa. Quero tanto ser melhor
mãe. Sei onde falho. Sei onde deveria ser melhor para os fazer sentir mais seguros e em que, ainda assim, vou falhando. Bolas! <br /><br />E, ainda assim, sou recebida assim no dia da mãe:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-0sp3KKyiBJg/WRBRJjeVTjI/AAAAAAAAFV0/PDlR9LSCNrARRtXXvLvrOQEuuAp-_XLfwCLcB/s1600/IMG_20170508_120039.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-0sp3KKyiBJg/WRBRJjeVTjI/AAAAAAAAFV0/PDlR9LSCNrARRtXXvLvrOQEuuAp-_XLfwCLcB/s400/IMG_20170508_120039.jpg" width="223" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
As crianças só querem ser felizes. As crianças não querem chatear a cabeça a ninguém.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bom dia a todos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que o dia vos seja limpo,<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i><o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-66144225894687537702017-04-05T09:36:00.004+01:002017-04-05T10:16:26.147+01:00curtas do último dia de aulas e do primeiro dia de férias<div style="text-align: justify;">
<i>Ai que bom, amanhã podemos dormir até tarde!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
A hora deles acordarem em dias de aulas é às 7h30. Habitualmente encontro os dois a dormir. Ele acorda facilmente. Ela é como eu, custa-lhe muito o despertar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
~</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
A que é que os apanho a brincar?</div>
<div style="text-align: justify;">
Às escolas, claro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
~</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À noite, estou na cama a ler, são cerca das 11 e meia, oiço alguém a ir à casa de banho, vou espreitar. É ele. Pergunto se está tudo bem. Acena que sim. Só chichi. Beijo-o. Volto para a cama. Ele passa pelo meu quarto, dá-me um beijinho e diz "vou dormir só mais um bocadinho".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
~</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, antes das 7h30, passo para a casa de banho, do quarto dele vem uma imensa e gloriosa luz matinal. Está deitado na cama a ler.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ai que bom, amanhã podemos dormir até tarde!</i><br />
Haja uma rpé-adolescente em casa para honrar esta liberdade.<br />
<i><br /></i>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/--RhhTUEqYcQ/WOS1fy2YcAI/AAAAAAAAFRA/40912RZeHZcUO_IRKWrjmdIhNc536-KggCLcB/s1600/sleepIn.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="370" src="https://1.bp.blogspot.com/--RhhTUEqYcQ/WOS1fy2YcAI/AAAAAAAAFRA/40912RZeHZcUO_IRKWrjmdIhNc536-KggCLcB/s400/sleepIn.jpg" width="400" /></a></div>
<i><br /></i>
<br />
<br />
<br />
Finalmente, férias para os pequenos. Quem me dizia do desafio que é a escola (hoje em dia?), não estava a brincar. Uff. Siga, para bingo. E a procurar estar melhor com estas dimensões que não deixaremos que nos esmaguem. É curioso (e tão bom) como, da noite para o dia, se pode subitamente sentir as energias e esperanças renovadas.<br />
<br />
Bom dia, bom dia :)<br />
<i><br /></i>
<i>Cipreste</i></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-9806901617688896022017-04-05T09:04:00.000+01:002017-04-05T09:04:56.170+01:00das limitações * das falhas * do perdão <a href="http://1.bp.blogspot.com/-GNkp1l4rMoo/VZLbpqTY4hI/AAAAAAAADww/vTqgi1Sy6nk/s1600/forgive.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-GNkp1l4rMoo/VZLbpqTY4hI/AAAAAAAADww/vTqgi1Sy6nk/s320/forgive.jpg" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://www.facebook.com/humansofnewyork/photos/a.102107073196735.4429.102099916530784/978496938891073/?type=1&theater">"There are days when I can be great at my job and there are days when I can be a great mom. I'm trying to have as many days that I can do both at the same time. And I'm learning to forgive myself on the days that I can't."</a></span></div>
<br />
<br />margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-27762256286239316992017-04-04T09:06:00.002+01:002017-04-04T09:09:00.052+01:00estamos nisto juntos: é o que quero gritar<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #404040; font-size: 19px;">«<a href="https://dearadoption.com/2017/04/03/dear-adoption-you-have-never-been-easy-you-never-will-be/">The experts say you are the solution but downplay the side effects. Few want to hear what the adoptees experience yet they continue to “know what’s best”.</a> (...) </span><span style="background-color: white; color: #404040; font-size: 19px;">You are so incredibly selfish.(...)</span><span style="background-color: white; color: #404040; font-size: 19px;"> You are still heartbreaking and sometimes it’s a struggle to have you around. You never leave. Ever.(...) </span><span style="background-color: white; color: #404040; font-size: 19px;">Adoption, I do not love you, nor do I hate you. You are just you and we are in this together.»</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Acredito que hei-de encontrar uma fórmula para estar activamente nisto com elas - as pessoas que foram adoptadas, enquanto família e enquanto comunidade. Mesmo confrontada a cada dia com as minhas limitações como mãe - vivo actualmente a maior angústia neste campo. Aos dois anos e meio de caminhada, estou ainda no início desta caminhada que será o cerne das nossas vidas. O trauma, esse mundo obscuro, não há-de tomar conta de nós. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Ontem, chorei ao ler um texto sobre o autismo, porque é tão fácil encaixar tantas outras condições de vida nessa reflexão, condições que saiam da norma. Revi-me-nos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">proposta: troquem as expressões autismo e deficiência por adopção</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 18px;">« (...) começámos a transitar da disposição todas-as-crianças-têm-o-seu-tempo-próprio para o território muito mais inóspito do há-algo-de-errado-aqui (...) </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 18px;">Rapidamente percebemos que aquela condição se manteria toda a vida e que era imperioso fazer o luto da criança idealizada <a href="https://hojemacau.com.mo/2017/04/03/da-compreensao-simplificada-do-autismo/">para que a criança real encontrasse</a>, na reconfiguração trituradora à qual por vezes temos de submeter os nossos melhores sonhos, <b>o seu espaço vital</b>. (...) </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 18px;">Há que ter a coragem de nos despirmos de todas as explicações reconfortantes para o fenómeno da deficiência. Eu, por ser parte interessada e implicada, levei anos a fazer isso. Anos absolutamente injustos para o meu filho, que se via sempre, injusta e involuntariamente, equiparado à criança que nunca chegou a nascer, a criança perfeitinha das conversas que versam o tema da gravidez e do parto, a criança que o obrigámos a usar sobre o rosto como uma máscara de ferro. Eu levei muitos anos a abrir os olhos e o coração. Mas eu sou estúpido e lento. Vocês são melhores. Eu sei que são.»</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit; font-size: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;">Uau. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;">Haja desconhecidos que nos escrevam. Haja honestidade, respeito, partilha e compaixão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;">Bom dia a todos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;">Que o dia vos seja limpo,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "noto" serif;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><i>Cipreste</i></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-36180620452218165002017-03-30T08:44:00.001+01:002017-03-30T09:37:18.279+01:00"querida" adopção<div style="text-align: justify;">
<a href="https://dearadoption.com/">Aqui </a> venho encontrar aquilo que nenhum pai deseja enfrentar. Mas tem de ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É urgente actuarmos - pais pela adopção e adultos que foram adoptados. Temos de caminhar lado-a-lado em prol de uma mudança.</div>
<div style="text-align: justify;">
É preciso que se inverta a marcha na forma como se encara a adopção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deu-se um passo quando se impôs a candidatos que encarem a adopção como "uma solução para encontrar uma família para a criança" e não uma solução para encontrar uma criança para os adultos". Mas não podemos ficar por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, relembro-vos de que a adopção tem sido tratada como <a href="http://queodiatesejalimpo.blogspot.pt/2014/04/e-preciso-assumir-que-isto-trata-de.html">um fenómeno de supremacia</a> dos adultos perante as crianças. Só porque somos mais fortes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos ouvir aqueles que por ela passaram? PASSAM. Porque, uma vez adoptado, adoptado para sempre.
É muito bonito ensinarmos aos nossos filhos "tu não ÉS adoptado, tu FOSTE adoptado". Mas talvez fosse bom revermos esta imposição. A pessoa não "é" as coisas que lhe acontecem, mas a verdade é que o evento não "foi", não está no passado, faz parte da vida da pessoa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É preciso desconstruir tudo e reconstruir. De raíz, com os construtores mais importantes disto: as pessoas que foram adoptadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São estas vozes que deveríamos estar a ouvir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São estas vozes que tento ouvir. Depois, oh, depois é toda uma outra luta. O confronto connosco próprios no meio daquilo que são as necessidades dos nossos filhos.
A minha maior luta actualmente é conseguir despir-me dos meus preconceitos e lutar contra as minhas limitações - que têm sido uma outra facção muito forte nesta luta (é uma luta!) pela saúde mental dos meus filhos. Não é o coração, não é uma história cor-de-rosa. Não são meras emoções baralhadas. São os alicerces necessários à formação do <i>eu</i>. São questões muito sérias e vitais - de vinculação, auto-estima, auto-confiança, confiança no outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E que luta solitária que esta é. Pelas exigências devidas de sigilo e protecção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Afinal, a adopção trata do Superior Interesse da Criança ou do Superior Interesse do Adulto?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É mesmo urgente ultrapassar isto, é que, depois deste muro transposto não há um horizonte sereno, depois de ultrapassada esta primeira barreira, há todo um mundo de dor e de medo onde residem os grandes entraves a que os nossos filhos se sintam "pessoas"... "como as outras".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto não assumirmos a coragem de dizer que <a href="https://dearadoption.com/">a adopção não é querida</a> - é antes uma solução complexa para problemas muito graves que acontecem na infância, enquanto não percebermos isto, vamos continuar a encarar as pessoas adoptadas como umas sortudas que, na grande maioria das vezes, diz-se "são umas ingratas". É dose.</div>
<br />
Bom dia,<br />
<i>Cipreste </i>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-23817079746102630242017-03-21T16:06:00.003+00:002017-03-21T16:06:41.044+00:00dias assimLeio "irreparably broken" num texto e não consigo tirar dali os meus olhos.
Com o estômago embrulhado.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-61028035580553645262017-03-16T11:07:00.000+00:002017-03-16T11:08:33.837+00:00(pois) 10 razões para limitar a exposição dos menores de 12 anos a telemóveis, tablets e afins<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">O pediatra Hugo Rodrigues comenta à VISÃO as 10 razões apresentadas por uma terapeuta ocupacional pediátrica americana para proibir a exposição às tecnologias a crianças menores de 12 anos</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadiana de Pediatria recomendam que crianças dos 0 aos 2 anos não sejam expostas a nenhuma tecnologia e que o seu uso seja limitado a uma hora por dia a crianças dos 3 aos 5 anos e a duas horas por dia a crianças dos 6 aos 18 anos.</span></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Mas o que se passa na realidade é que a quantidade de tempo que as crianças passam à frente das tecnologias é muito maior do que é aconselhável e, com isso, estão a prejudicar seriamente a sua saúde. Quem o diz é Cris Rowan, uma terapeuta ocupacional pediátrica. Num <a href="http://www.huffingtonpost.com/cris-rowan/10-reasons-why-handheld-devices-should-be-banned_b_4899218.html" style="color: #0b76ae; text-decoration: none;">artigo</a> que escreve para o The Huffington Post, alerta todos os pais, professores e governos para a importância de regular o tempo dedicado às tecnologias.</span></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Pedimos ao pediatra Hugo Rodrigues, que escreve para a <a href="http://preview.visao.pt/autores/2015-10-20-Hugo-Rodrigues-1" style="color: #0b76ae; text-decoration: none;">Bolsa de Especialistas</a> da VISÃO, um comentário às 10 razões apresentadas por Cris Rowan para banir o uso de tecnologias a menores de 12 anos.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ol style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Crescimento cerebral impróprio</span></strong></li>
</ol>
<ol start="2" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Atraso no desenvolvimento</span></strong></li>
</ol>
<ol start="3" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Obesidade</span></strong></li>
</ol>
<ol start="4" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Privação de sono</span></strong></li>
</ol>
<ol start="5" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Doenças mentais</span></strong></li>
</ol>
<ol start="6" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Agressividade</span></strong></li>
</ol>
<ol start="7" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Demência digital</span></strong></li>
</ol>
<ol start="8" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Vício em tecnologia</span></strong></li>
</ol>
<ol start="9" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Emissão de radiação</span></strong></li>
</ol>
<ol start="10" style="color: #333333; line-height: 1.6em; margin: 0px 0px 0px 30px; padding: 0px;">
<li style="margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><strong><span style="font-family: inherit;">Insustentável</span></strong></li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">A exposição excessiva a tecnologias tem sido associada a um défice do funcionamento executivo cerebral e de atenção, a atrasos cognitivos, a uma aprendizagem debilitada, à diminuição da capacidade de autoregulação e ao aumento da impulsividade.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">O desenvolvimento cerebral só termina depois dos 20 anos na maior parte das pessoas, pelo que todos os estímulos a que as crianças e adolescentes estão expostos podem condicionar esse desenvolvimento.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Relativamente à capacidade de atenção, os estímulos dos chamados “ecrãs” são múltiplos e curtos, o que não estimula corretamente o funcionamento executivo, a atenção e aprendizagem. Para além disso, a capacidade de visualização 3D e orientação viso-espacial (coordenação entre visão e orientação espacial) encontra-se comprometida nos ecrãs, pois a imagem tem apenas duas dimensões e não três.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">A impulsividade e a auto-regulação podem ficar comprometidas na medida em que mesmo a socialização que se consegue através das tecnologias está sempre intermediada por um aparelho, o que diminui a capacidade de controlo pela sensação de proteção que provoca. A este facto acrescem ainda os conteúdos (vídeos e jogos, por exemplo) que muitas vezes aumentam a agressividade e a impulsividade.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Por fim, relativamente ao défice cognitivo parece-me uma afirmação um pouco exagerada, porque essa relação é extremamente controversa e difícil de provar.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">Porque implicam pouco movimento, as tecnologias acabam por atrasar o desenvolvimento da criança, e, por consequência, ter um impacto negativo no seu desempenho académico.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">O desenvolvimento motor encontra-se condicionado pela ausência de estimulação nesse sentido. Particularmente a motricidade fina, que é a área mais afetada. Não tem nada a ver montar um puzzle num tablet ou com peças reais! A orientação tridimensional é algo que só se consegue com peças verdadeiras… Outro exemplo são as formas 3D, que num ecrã não existem (a esfera e um círculo, o cubo um quadrado, …).</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Também em termos de linguagem, o desenvolvimento se encontra afetado. A linguagem verbal e escassa na maior parte dos programas e aplicações é muitas vezes “maltratada”, com abreviaturas e ortografia sem regra. A linguagem não verbal não se aprende sem socialização, porque requer contacto face a face e nenhum ecrã o consegue.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">O uso da televisão e de jogos de vídeo está relacionado com um aumento da obesidade. As crianças que têm aparelhos tecnológicos nos quartos têm 30% maior incidência de obesidade.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Completamente de acordo. A obesidade é a epidemia do século XXI e o sedentarismo um dos seus principais fatores de risco. Para além disso, o contacto permanente com os aparelhos tecnológicos estimula também a prática de “snacking”, que é o consumo pouco regrado de alimentos pouco nutritivos e muito densos do ponto de vista calórico (por exemplo, bolachas, chocolates, batatas fritas, etc).</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">75% das crianças com 9/10 anos têm privação de sono, o que acaba por prejudicar negativamente o desempenho académico;</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Também completamente de acordo. O sono é um aspeto fundamental do dia-a-dia das crianças e adolescentes e um dos pilares do seu desenvolvimento. Os ecrãs tem um efeito nocivo na quantidade e qualidade do sono, que tem obrigatoriamente que ser “combatido”.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">O uso exagerado de tecnologias é considerado um dos fatores responsáveis pelo crescimento das taxas de depressão infantil, ansiedade, defeitos de vinculação, défice de atenção, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático da criança.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Esta relação é controversa, mas é verdade que o isolamento social e a dependência da tecnologia que se cria podem ter interferência no humor, levando a situações de ansiedade e depressão, por exemplo. Também os conteúdos dos programas e jogos pode moldar o comportamento nesta fase tão vulnerável, levando a comportamentos problemáticos.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Quanto a relação com autismo, psicoses e doenças bipolares, as tecnologias podem ajudar a que surjam episódios de descompensação, mas não atuar como causa dessas doenças.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">As crianças estão expostas, através dos media e das tecnologias, a agressão explícita, o que pode influenciá-las a ter um comportamento agressivo.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Completamente de acordo. O controlo de conteúdos tem que ser uma prioridade para todos os pais. As crianças aprendem por imitação, pelo que tem que se selecionar muito bem tudo a que elas têm acesso.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">Os conteúdos mediáticos de “alta velocidade” podem contribuir para um défice de atenção e para uma diminuição das capacidades de concentração e de memória.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Já expliquei um pouco no ponto 1. Apesar das crianças poderem ficar muito tempo ligadas às novas tecnologias, isso não significa que tenham uma grande capacidade de concentração. A questão é que os estímulos são muito curtos, o que faz com que, na verdade, elas não estejam muito tempo atentas, mas sim atentas durante pequenos períodos de tempo de cada vez.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">Uma em cada 11 crianças, dos 8 aos 18 anos, é viciada em tecnologia.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Completamente de acordo. Este é um problema real, com o qual nós ainda não sabemos lidar adequadamente. Vai ser um enorme desafio nos próximos tempos porque se trata de uma verdadeira dependência em grande parte dos casos.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">Em maio de 2011, a Organização Mundial da Saúde classificou os telemóveis e outros dispositivos sem fio com um risco de categoria 2B (possível carcinogénico), devido à emissão de radiação. As crianças são ainda mais vulneráveis a estes perigos.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Completamente de acordo. Hoje em dia vivemos completamente rodeados por radiações (Bluetooth, Wi-Fi) e muitas delas são ainda algo desconhecidas em termos de consequências para a saúde. O que é um facto é que existe a noção de que o número de casos de cancros em idade pediátrica estão a aumentar e tem obrigatoriamente que haver fatores ambientais que o justifiquem.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: inherit;">A forma como as crianças são educadas não é sustentável. Não há futuro para as crianças que usam a tecnologia em excesso.</span></strong></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;">Acho demasiado negativo dizer que não há futuro. Cabe-nos a nós, adultos, fazer as escolhas certas para podermos ajudar as nossas crianças a serem adultos saudáveis, felizes e responsáveis. Para isso, é preciso usar sempre o bom-senso e tentar retirar das tecnologias o que podem ter de bom sem sofrermos o efeito negativo do seu (mau) uso.</span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: inherit;"><br /></span></em></div>
</div>
<div style="color: #333333; line-height: 1.6em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Depoimento recolhido por Sara Soares<i> via</i> <a href="https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/2017/03/16/10-razoes-para-limitar-a-exposicao-dos-menores-de-12-anos-a-telemoveis-tablets-e-afins/">Crianças a Torto e a Direito</a></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-55157596013731267222017-03-15T11:15:00.002+00:002017-03-15T11:15:28.937+00:00add to basket and checkout<div style="text-align: justify;">
Já havia colocado este livro várias vezes no meu "cesto de compras" da<a href="http://www.bookdepository.com/"> book depository</a>, mas depois retirava-o. Ninguém quer ser confrontado com este assunto que desejamos inominável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não se preocupem, não comprei o livro por estar no limiar deste assunto, mas porque gosto de enfrentar os touros pelos cornos. Assim mesmo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nenhum dos nossos filhos está identificado como tendo uma perturbação da vinculação. Quero apenas saber <i>mais adiante</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já troquei emails com este autor, <a href="https://parentingandattachment.com/">este pai</a>. Pessoa doce e gentil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto que é minha obrigação ler isto. É isso. No meu papel de mãe que tem medo do sofrimento dos filhos e no meu papel de activista na adopção. Este segundo papel há-de tomar uma forma mais concisa, para já recebo informação que tento digerir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>A rapariga por detrás da porta</i>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-EWBA0KrfEuo/WMkhkWgFUrI/AAAAAAAAFN0/p7pAzrbFsuI7hNlw6TiPD6-rwkoYJV_4QCLcB/s1600/41GkdUKRCXL._SX331_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-EWBA0KrfEuo/WMkhkWgFUrI/AAAAAAAAFN0/p7pAzrbFsuI7hNlw6TiPD6-rwkoYJV_4QCLcB/s320/41GkdUKRCXL._SX331_BO1%252C204%252C203%252C200_.jpg" width="213" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">"A moving and riveting memoir about one family's love and tragedy...beautifully researched, and expressed" (Anne Lamott). Early one Tuesday morning John Brooks went to his teenage daughter's room. Casey was gone, but she had left a note: The car is parked at the Golden Gate Bridge. I'm sorry. Within hours a security video showed Casey stepping off the bridge. Brooks spent several years after Casey's suicide trying to understand what led his seventeen-year-old daughter to take her life. He examines Casey's journey from her abandonment at birth in Poland, to the orphanage where she lived for her first fourteen months, to her adoption and life with John and his wife, Erika, in Northern California. He reads. He talks to Casey's friends, teachers, doctors, therapists, and other parents. He consults adoption experts, researchers, clinicians, attachment therapists, and social workers. In The Girl Behind the Door, Brooks's "desperate search for answers and guilt for not doing the right thing without knowing what it was reveals the utter helplessness of suicide survivors" (Kirkus Reviews). Ultimately, Brooks comes to realize that Casey probably suffered an attachment disorder from her infancy--an affliction common among children who've been orphaned, neglected, and abused. She might have been helped if someone had recognized this. The Girl Behind the Door is an important book for parents, mental health professionals, and teens: "Rarely have the subjects of suicide, adoption, adolescence, and parenting been explored so openly and honestly" (John Bateson, Former Executive Director, Contra Costa County Crisis Center, and author of The Final Leap: Suicide on the Golden Gate Bridge) (<a href="https://www.bookdepository.com/The-Girl-Behind-the-Door-John-Brooks/9781501128363?ref=grid-view">aqui</a>)</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-82676443820596177802017-03-15T09:59:00.004+00:002017-03-15T10:01:15.308+00:00Aviso à navegaçãoRepubliquei grande parte dos posts do passado (os que foram para dentro da gaveta em 2016, durante a nossa pausa) ;)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-1811672103399476692017-03-15T09:13:00.001+00:002017-03-15T10:02:52.180+00:00(dias difíceis)<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Por vezes, os dias não são fáceis. Aliás,
por vezes, são mesmo difíceis. </span></span>Há alturas em que olhamos a própria intuição com desconfiança, de tanto tropeçar nos dias. <span style="font-family: inherit;">Há alturas em que a única coisa que resta é procurar compreender melhor o que se diz, o
que se estuda, o que se escreve sobre isto.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Queremos fazer melhor do que fazemos.
Mesmo reconhecendo as nossas limitações e falhas, queremos fazer melhor.
Queremos redimir-nos das falhas, queremos ensinar o perdão e, para isso, temos
de começar por olhar as situações por outra perspectiva. <o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">No meio disto: o sofrimento duma
família em que os membros se amam entre si.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Não esperamos uma cura da vida, mas
desejávamo-la, temos de admitir isso. Procuramos levá-la para um lugar seguro e
eu acho que o nosso amor não tem sido isso. Temos de (re)começar daí.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Vamos indo e vamos vendo. Queremos o
melhor para que todos se sintam seguros e possam sentir alegria nos seus corações.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Transcrevo um excerto:<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">“Sometimes the
road to loving your adopted daughter is long and twisted and scary. You know
something is wrong – but is it her? Is it you? You drown in shame and
confusion, hiding your feelings from the world. (…)</span></span><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">My husband and I
banded together to read everything we could on the syndrome. We made a dogged
effort and a conscious commitment to help our daughter and make ourselves into
a family. It was our daily work. We learned that parenting a child who has
trouble bonding requires counter-intuitive parenting instincts – some that
disturbed and surprised family and friends. (…) With the help of research and
case studies, we had a tool box. Some advice was invaluable, some failed. Some
techniques worked for a while. We were living inside a laboratory. I knew how
lucky I was to have a partner like Ricky because so many marriages and homes
are ravaged by the challenge of adopting difficult children.</span></span><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">(…) She became
more capable of showing anger rather than indifference. As her verbal skills
developed, we had the advantage of being able to explain to her that we loved
her and would never leave her. That we understood how scary it was for her to
be loved by an adult and that she was safe.</span></span><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="line-height: 150%;">Progress took time
– and the work of staying bonded with a wounded child is a life-time endeavor.
That’s okay though because Julia has stepped out of the danger zone. She’s
taken off her helmet and armor. She has let me become her mother. And I honor
that trust by remembering, each and every day, how she struggles with
subconscious demons and how mighty her battle is and will always be”.<o:p></o:p></span><span style="background-color: transparent;">(</span><a href="http://juliaandme.com/?p=25" style="background-color: transparent;">aqui</a><span style="background-color: transparent;">) </span></span></div>
</blockquote>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Troquem ideias connosco, sentimo-nos sós.</span> </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-family: inherit;">Cipreste</i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-38533734816325420862017-02-15T09:56:00.003+00:002017-02-15T09:57:13.393+00:00internet e informação não tratada<div style="text-align: justify;">
Bom dia, pais de filhos com <i>smartphones</i>, <i>tablets </i>e computadores,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Digam-me como lidam com o acesso ilimitado (não nos iludamos) dos vossos filhos ao mundo?</div>
<div style="text-align: justify;">
Falo de crianças com 10, 11, 12 anos que, não nos iludamos, mesmo que não tenham dispositivos destes, acedem a elas ora através dos amigos, ora simplesmente através dos computadores das escolas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os nossos filhos têm o mundo nas suas mãos e eu acho que não têm maturidade para lidar com a grande parte da informação que lhes chega através de um clique.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ajudai-me a lidar com este facto, por favor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Grata,</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-37873040883366250402017-02-14T09:30:00.001+00:002017-02-14T09:40:06.971+00:00O Grito<div style="text-align: justify;">
Cada pessoa pensa os seus assuntos como as urgências do mundo, eu sei. É urgente tratar a questão dos transgénicos e da eutanásia, é urgente o reconhecimento do direito à sexualidade das pessoas com deficiência e que todos aprendamos língua gestual, era urgente que se salvasse aquela espécie que foi declarada extinta o ano passado. O meu assunto também é urgente, porque os meus filhos estão a crescer. E estão a crescer tão depressa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em breve, a minha filha será adolescente. Sinto esta gravidez da adolescência com um temor maior que o do parto que nunca fiz. Dizem-me que não reconhecerei a minha filha. Mas eu quero reconhecer a minha filha. Sempre. Quero que ela se reconheça e não sei como fazê-lo. Passo dias e noites a tentar engendrar uma fórmula para solucionar este enigma, para lá do amor. E fico cheia de medo, com vontade de gritar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O meu filho escreveu-me uma carta que é uma declaração de amor, lá pelo meio escondeu esta pergunta “mãe, eu confio em ti, por isso gostava de saber a tua opinião sobre mim”. Um dos seres mais maravilhosos que existem à face da terra, e não sabe disso. Como posso fazer para que saiba? Como o posso amar ainda mais? Quis gritar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saio de casa e chego ao mundo. Quero encurtar a distância, quero que a nossa casa seja o mundo. Mas não está a ser, a nossa casa está a ser um refúgio, um bunker. Entramos aqui, fechamos a porta e enroscamo-nos uns nos outros. Como se tivera sido ontem a retirada dos meus filhos aos seus progenitores e estejamos a consolá-los do que aconteceu ontem. E sinto esta bola, esta esfera na garganta. É o mundo todo dentro da minha voz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso: será que estamos a dar um tom trágico ao desenvolvimento normal de uma criança? Decido que era isso. Descanso dois dias. Acontece algo impensável. Novo susto. Ficamos interrompidos novamente. Revemos actos e omissões a tentar analisar a origem do mal. Questionamos-nos: será isto uma interrupção? Às vezes, chegamos à conclusão de que não era - estávamos a sobrevalorizar um evento, outras vezes, dói tanto de ter a certeza de que é o resultado de se ser abandonado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Demos o nome às coisas: os nossos filhos foram abandonados numa casa estranha cheia de estranhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém sai incólume disto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-5vcNCH8q1Lk/WKLNxwMyhlI/AAAAAAAAEhk/YsS0rwCPCsYIAlyYT1Gd5-wvF8JnxiXTwCLcB/s1600/eraumgrito.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-5vcNCH8q1Lk/WKLNxwMyhlI/AAAAAAAAEhk/YsS0rwCPCsYIAlyYT1Gd5-wvF8JnxiXTwCLcB/s320/eraumgrito.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Quando o meu pai morreu eu estava lá. Vivi um momento major. Estive próxima da origem da vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passado algum tempo, talvez um mês, fui à praia com eles. Fomos os quatro. Era Inverno. Éramos só nós. E o mar. E o vento. Gritei. Gritei de verdade, de dentro de mim. Gritei um adeus que tive pudor de gritar de madrugada no hospital.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Convidei-os a gritar. Mas eles não têm coragem, ainda. Mas eu queria tanto que eles conseguissem gritar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles também perderam o pai. E a mãe. Se é que os chegaram a ter. mas receiam gritar. Os meus bichinhos receiam o que possa haver para lá do grito. E a minha missão é mostrar-lhes que o que existe para lá do grito não é mágico nem instantâneo, mas é libertador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu, eu queria subir a um palanque e gritar ao mundo o bê-á-bá sobre o medo das pessoas abandonadas. Não é um medo igual ao meu, ao nosso. Mas isso é todo um outro assunto: como fazer “os outros” perceberem “isto” sem expor os meus filhos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é aqui que reside o motivo da minha ausência neste blog que tanta falta me tem feito: a privacidade da minha família.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ando a tentar encontrar a fórmula para estar publicamente neste assunto que é não só privado, mas isso mesmo: público.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A adopção é um assunto de saúde pública. Saúde mental.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como a língua gestual que todos deveríamos saber, a sociedade deveria estar sensível para estes assuntos da adopção e do abandono, para lá da lágrima fácil que estes assuntos induzem. </div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia destes, hei-de encontrar um lugar seguro. Um lugar que me permita usar a minha voz em prol de pais e filhos - e restante sociedade. O meu contributo. Sem gritar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque há aqui muitas falhas, e todos sabemos disso. Pois então, farei disto o meu activismo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em busca de novas auroras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom dia a todos,<br />
<i>que o dia vos seja limpo</i>,</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-87027509270211020122016-06-24T12:55:00.001+01:002016-06-24T13:04:54.747+01:00até já<div style="text-align: justify;">
Após um interregno não planeado durante as férias da Páscoa, e com o regresso às aulas, as nossas rotinas escolares e laborais, assim como projectos extra e muito aliciantes, deixaram-me com menos tempo para escrever. O blog foi ficando à espera. Escrevi uns textos que ficaram em rascunho. Nuns dias não publiquei porque estava a trabalhar muito, noutros dias não publiquei porque simplesmente não me apetecia, noutros ainda não publiquei porque a vida offline me chamava para o divertimento ou para o amor (e às vezes para os problemas também). A vida foi acontecendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Comecei a repensar a vida online. Não sou daquelas pessoas muito resolvidas que nunca sentem necessidade de repensar posturas e eventualmente redirecionar-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, tive um ou outro encontro com pessoas que nunca nos contactam e que abordaram os meus filhos como se convivessem diariamente com eles. Usaram informações que partilho no facebook (ou aqui, pois algumas pessoas não admitem ler o blog) com os miúdos. Fizeram passar uma imagem de proximidade que não existe na prática da vida do dia-a-dia, do bem-querer, do contar com. Ninharias de dia-a-dia. Ainda assim, arrepiei-me.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acrescentei a isto o facto da Magnólia se aproximar da idade legal para poder abrir conta no facebook. Pensei: poderá ser-me desconfortável ver a minha filha partilhar disto online com aqueles que não lhe surgem nas alegrias e nas aflições da vida offline. Questionei-me: nesse caso, o que é que quero que a minha filha me veja partilhar (no caso de querer ser minha “amiga”) online? Afinal, faz o que eu digo, mas… e o que eu faço?</div>
<div style="text-align: justify;">
Fiz uma restrospectiva, pus muitas coisas em cima da balança. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não esqueço o meu prazer em partilhar, nem a importância da entre-ajuda.</div>
<div style="text-align: justify;">
Uso muito tempo a pensar “como podemos partilhar as verdades entre nós, pais adoptivos” sem expor os nossos filhos? Porém, há aqui questões em que o anonimato não passa, não funciona.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou continuar a pensar muito nisto. Quero muito ajudar as pessoas que estejam a passar pelo que já passei, e também quero muito estar com outras que já passaram onde estou, que me ajudem a ver além das minhas angústias actuais.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-VmDuQIYK6fc/V20fQCHs-LI/AAAAAAAAEcQ/vSlW3ie5cBw5nM8PDWZyESqKSdG4YRHMQCLcB/s1600/off.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-VmDuQIYK6fc/V20fQCHs-LI/AAAAAAAAEcQ/vSlW3ie5cBw5nM8PDWZyESqKSdG4YRHMQCLcB/s320/off.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou dar uma volta, offline.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O blog fica em estado vegetante, reverti os posts para rascunho.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não estou zangada com a internet nem com os blogs. Gosto muito das redes sociais mas agora só uso o facebook, mais nada. Quer dizer, leio os blogs, só não uso o meu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Saibam que estamos bem, muito bem :) Não compliquemos, é Verão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando descobrir o registo mais confortável para poder continuar a partilhar o que possa ser importante para outros no mesmo caminho, cá virei dar notícias. Quem quiser ficar na lista das notícias pode enviar email a “inscrever-se”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para já, vamos a banhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tudo de bom para vós<br />
e... obrigada pelas partilhas,<br />
<i>Cipreste</i>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-78937289106118996222016-03-31T19:25:00.002+01:002017-03-15T09:25:18.346+00:00os nossos diastêm sido assim<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BBPYwDXPM14/Vv1rVcXqimI/AAAAAAAAEaI/RVTKIEFOO2w446rwTQ420_IK_r_LQ3JKw/s1600/busymom11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-BBPYwDXPM14/Vv1rVcXqimI/AAAAAAAAEaI/RVTKIEFOO2w446rwTQ420_IK_r_LQ3JKw/s1600/busymom11.jpg" /></a></div><br />
<br />
e eu a pensar que iria sentar-me horas e horas a escrever<br />
hahaha<br />
olá,<br />
espero que estejam todos bem<br />
<br />
beijinhos e até já,<br />
<i>Cipreste</i><br />
<br />
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-24481445912067822662016-03-19T11:13:00.001+00:002017-03-15T09:25:18.217+00:00ser pai<div style="text-align: justify;">
Conheci o Chaparro no aeroporto. Foi bonito, um acaso bonito pelas mãos de um amigo comum. </div>
<div style="text-align: justify;">
Essa história fica para outro dia, o que quero contar é que menos de 5 minutos após termo-nos conhecido já o Chaparro me estava a mostrar as fotografias do Freixo, com a carteira na mão. Cerca de 5 fotos, desde bebé até à idade actual, 6 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava com 31 anos e ele com 30. Era Março do ano de 2005 e ninguém das nossas idades andava com fotografias dos filhos nas carteiras. Pensava eu. </div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é uma coisa que o Chaparro faz: abrir a carteira e mostrar fotografias dos três filhos enquanto os seues olhos brilham.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando paro para perceber a sorte que tenho na vida, quedo-me muito na sorte que tive em conhecer o Chaparro. Acho mesmo que foi um golpe de sorte encontrar num tão grande amor o melhor pai que poderia imaginar para os meus filhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta aventura da parentalidade é maravilhosa não apenas pelos filhos que tenho mas por quem é o pai com quem caminho lado a lado nela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Chaparro, </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Ontem, os teus filhos estavam verdadeiramente ansiosos por conseguir transmitir, nas prendas que te fizeram, o quanto gostam de ti. O mai'novo disse: espero que o papá goste porque estes são os meus sentimentos.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>E é isso, estes são os nossos sentimentos. Feliz dia do pai.</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/EX24HGZdTvU" width="420"></iframe><br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos pais, aos órfãos, aos que nunca souberam o que é ter um pai mas sabem que é ser pai, aos que perderam os filhos, um beijinho especial neste dia,</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
<i>
<br />
</i><br />
p.s. não levem a canção à letra... beautiful boyzmargaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-25094861570090671142016-03-17T10:54:00.003+00:002017-03-15T09:25:18.222+00:00a vida é bela e isto é um poema<div style="text-align: justify;">
Ontem, eu e o meu filho participámos no clube de leitura da sua turma.</div>
<div style="text-align: justify;">
Trata-se de um clube organizado pela sua professora e que teve duas sessões o ano passado e já vai na segunda deste ano. Sempre muito bem preparado, com vários meninos a fazer a apresentação, calhando a vez a todos. Muita alegria e entusiasmo dos meninos e participação da quase totalidade dos pais, sempre em dias de semana a horas em que muitas pessoas acabam por ter de sair mais cedo para poder comparecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós participamos sempre, na última sessão lemos "O Pássaro da Alma" em família, sendo que o Chaparro fez de pássaro da alma, o mais lindo que já vimos até hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem, a sessão era sobre poesia. Expliquei ao meu filho o exercício do <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cad%C3%A1ver_esquisito">Cadáver Esquisito</a> e fizemos um.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ei-lo aqui, para quem não conseguir ler a imagem:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-nqC0EREGlKY/VuqMZSZe0xI/AAAAAAAAEZk/SRH384l1TYsTp-bp2wHDUR96ZHePkQ2iQ/s1600/poema%2B001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-nqC0EREGlKY/VuqMZSZe0xI/AAAAAAAAEZk/SRH384l1TYsTp-bp2wHDUR96ZHePkQ2iQ/s400/poema%2B001.jpg" width="291" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Cadáver Esquisito</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vim ler</div>
<div style="text-align: justify;">
O macaco não sabe ler</div>
<div style="text-align: justify;">
Antes disso é preciso escrever</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu gosto de escrever</div>
<div style="text-align: justify;">
É na escola que esta história começa</div>
<div style="text-align: justify;">
A história é gira</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque gostamos de rodopiar</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu gosto do rodopiar da minha mamã</div>
<div style="text-align: justify;">
Que rima com "romã"</div>
<div style="text-align: justify;">
A romã é doce</div>
<div style="text-align: justify;">
Ou amargo, o poema não tem de rimar</div>
<div style="text-align: justify;">
Rimar é divertido</div>
<div style="text-align: justify;">
Afinal para que serve sabermos rir?</div>
<div style="text-align: justify;">
Rir é amoroso</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois sem amor nada somos</div>
<div style="text-align: justify;">
Nós somos divertidos</div>
<div style="text-align: justify;">
Alegres ou tristes, tudo faz parte da vida</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida é bela</div>
<div style="text-align: justify;">
E isto é um poema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele escreveu a verde e eu a vermelho. Não seguimos religiosamente as regras dos surrealistas. Escrevemos sempre partilhando a última palavra do nosso verso e virávamos a folha por essa linha "para não vermos". Foi uma bela e emocionante surpresa desdobrar a folha e ler o poema pela primeira vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lemos o poema no final da sessão do clube de leitura e falámos aos meninos sobre como foi escrito, ainda abordámos a questão se a poesia será mesmo para comer (como disse a Natália Correia) e partilhámos uma parte da história da nossa família: o pai e a mãe do Chaparrito conheceram-se por causa da poesia. Foi o "uuuu" geral de olhos arregalados quando partilhei este segredo em voz de sussurro com eles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem foi um dia cheio de tantas coisas, coisas boas e menos boas, coisas chatas e coisas não-chatas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"a vida é bela</div>
<div style="text-align: justify;">
e isto é um poema"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom dia a todos,</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-90015511046541990722016-03-16T17:04:00.000+00:002017-03-15T09:25:18.365+00:00mal-entendidos e a sensação de coito-interrompido<div style="text-align: justify;">
Quando estamos assoberbados de afazeres. Quando temos o cuidado de só assumir os compromissos que temos certeza de poder cumprir, para não falhar com ninguém. Quando temos um emprego e dois filhos e uma espécie de segundo emprego e nas últimas 3 semanas temos estado todos engripados à vez (daquela gripe que não nos faz aterrar mas também não nos deixa andar com a energia bem regulada). Quando temos relações que são muito frágeis e dessas relações sai um pedido de uma tarefa e nós dizemos “ok, mas por favor, esta semana não, só na próxima, ok? Para eu não falhar». Quando planeamos fazê-lo no terceiro dia da semana em que prometemos que iríamos tratar desse assunto e recebemos um telefonema e respondemos logo e bem dispostos «hoje vou tratar disso!”. Mas sai, sem estarmos à espera, uma rabecada velada em como não cumprimos a nossa promessa (aquela que fizemos questão de dizer que só esta semana podíamos despachar). E depois ligamos à segunda entidade a contar que isto se resolve, este mal entendido de que eu não tive boa vontade e que não tirei aquele bocadinho que podia ter tirado porque uma pessoa consegue sempre um bocadinho, basta orgnizar-se – afinal, se postamos no facebook é porque temos todo o tempo do mundo, oiço nas entrelinhas. E dizem-se muitas coisas, com muito cuidado para não desencadear um incidente diplomático. Mas, claro, não falta a alusão de que “não se me (a mim, Cipreste) pode dizer nada porque amofino logo, ou assim”. E dizem-se mais umas coisas com muito cuidado, trato eu disso, não,deixa, trato eu. Acabo por conseguir mostrar que tenho vontade sincera de participar na coisa e de tratar o assunto, porque sei que também é minha obrigação. Porque é. E, no meio disto tudo, o recurso a um bocadinho de chantagem emocional, para a coisa ficar completa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E acabam ambos os telefonemas sem que eu tivesse oportunidade de poder dizer a ambas entidades que estava muito entusiasmada e queria mesmo era avançar com outro assunto: a proposta de passarmos uns dias das férias da Páscoa todos juntos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois :(</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Boa tarde,</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-66107616881058523072016-03-16T09:34:00.002+00:002017-03-15T09:25:18.314+00:00nesta pequena aldeia<div style="text-align: justify;">
Ando muito atarefada com um novo e muito aliciante projecto que nada tem a ver com a maternidade nem com a minha profissão, é uma coisa da minha vida dupla e que me faz sentir muito eu, muito a Cipreste ela própria e isso é tão bom, tão revigorante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adiante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Venho dar espreitadas aos blogs dos meus vizinhos e hoje senti o meu coração quentinho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A <a href="http://adotaramarviver.blogs.sapo.pt/o-meu-lado-da-questao-181532">Olívia</a> escreveu uma carta à <a href="http://maedecoracao.blogs.sapo.pt/coisas-em-que-nao-pensei-43232?view=106976#t106976">mãe de coração</a> e eu senti-me ali, dentro daquele círculo. Sei que não fui chamada para a conversa, não tinha de ser. Sabemos que fazemos parte de uma comunidade quando nos sentimos parte daquele grupo de pessoas. Senti-me parte de um voto de compreensão e entre-ajuda, para lá das diferenças que são naturais entre as pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Li a carta e senti-me ao lado da Olívia a dizer à <a href="http://maedecoracao.blogs.sapo.pt/coisas-em-que-nao-pensei-43232?view=106976#t106976">mãe de coração</a> «Estamos aqui, um por todos e todos por um».</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Somos poucos*, ou eu é que não os encontro, nesta blogosfera dos pais através da adopção, mas a sensação de comunidade começa a estar lá para mim. A sensação de viver numa pequena aldeia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>It takes a village</i>, diz uma expressão popular em língua inglesa, omitindo o final da frase, pois está lá implícita... <i>to raise a child</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
É necessária uma aldeia para criar uma criança.</div>
<div style="text-align: center;">
E garanto-vos que neste mundo da adopção isso se sente de forma muito intensa.</div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7LW9Nzs3HRU/Vukna6L2HLI/AAAAAAAAEZQ/Us1fRTsjdIUrTJ3mfFsfrC7mgbte8iY-Q/s1600/village.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-7LW9Nzs3HRU/Vukna6L2HLI/AAAAAAAAEZQ/Us1fRTsjdIUrTJ3mfFsfrC7mgbte8iY-Q/s1600/village.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">encontrei esta imagem num blog, sem refª ao autor<br />
diz a imagem que a expressão é de origem africana...</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje inauguro esta etiqueta - <i>It takes a village</i>, em honra desta pequena comunidade amiga de que me vou sentindo parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom dia, vizinhos,</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
* um dia destes vou fazer um apelo à reunião de todos os links da adopção, portugueses, que conheçamos</div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-73271785523932825152016-03-13T09:58:00.002+00:002017-03-15T09:25:18.333+00:00para começarem o domingo com a magia da infânciao Chaparrito informou-nos que afinal já não quer ser bombeiro (como o bombeiro Sam), agora quer ser cavaleiro andante, como o D. Quixote, e sublinhou que também quer ser apelidado de "cavaleiro da triste figura"<br />
<br />
olhou para o marcador do meu livro, em cima da mesa, e exclamou "que elefante tão lindo!"<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-wPMQ_dKkJO0/VuU5cAdaeVI/AAAAAAAAEYw/YzO4yTf62WEkXbBUHsszEwFalsLDXodhQ/s1600/book.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://3.bp.blogspot.com/-wPMQ_dKkJO0/VuU5cAdaeVI/AAAAAAAAEYw/YzO4yTf62WEkXbBUHsszEwFalsLDXodhQ/s400/book.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
é isto, senhores<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
não se aguenta, pois não? :)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Bom domingo,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i>Cipreste</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i><br /></i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-84145857427837014322016-03-08T18:17:00.001+00:002017-03-15T09:25:18.349+00:00Exercício<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Lê a seguinte lista de violações dos direitos humanos e depois responde às questões:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- violação sexual</div>
<div style="text-align: justify;">
- mutilação genital</div>
<div style="text-align: justify;">
- casamento infantil</div>
<div style="text-align: justify;">
- tráfico humano</div>
<div style="text-align: justify;">
- escravidão</div>
<div style="text-align: justify;">
- escravidão sexual</div>
<div style="text-align: justify;">
- repressão</div>
<div style="text-align: justify;">
- violência doméstica</div>
<div style="text-align: justify;">
- desigualdade no acesso à vida em sociedade (por ex, no direito ao voto e o acesso a cargos de liderança)</div>
<div style="text-align: justify;">
- desigualdade no mercado de trabalho (por ex, nas oportunidades de liderança e nas remunerações)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1.1. Tens conhecimento de que haja um grupo de "pessoas que se distingue de outro grupo de pessoas" que é mais atingido por estas violações do que o outro grupo de pessoas?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1.2. Tens conhecimento de que haja tendência para que seja habitualmente um grupo de "pessoas que se distingue de outro grupo de pessoas" que mais perpetua estas violações ao outro grupo de pessoas?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1.3. Tens conhecimento de que estas violações ainda acontecem diariamente, em pleno século XXI, pelo mundo fora?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se respondeste “sim” a tudo, é provável que concordes que talvez (só talvez) seja bom dinamizar todo o tipo possível de acções para a sensibilização de que no século XXI ainda exista este tipo disparidades, nomeadamente o assinalar de <a href="http://www.tsf.pt/sociedade/interior/dia-internacional-da-mulher-a-historia-de-uma-luta-com-mais-de-um-seculo-5066442.html">dias específicos</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Cipreste</i></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-53365076881288968772016-03-07T19:55:00.000+00:002017-03-15T09:25:18.278+00:00But I believe in loveNão é para deprimir ninguém :) é só porque sim, chamemos-lhe "banda sonora para este fim de tarde".<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/LnHoqHscTKE" width="459"></iframe></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-45651738167244754012016-03-07T15:59:00.003+00:002017-03-15T09:25:18.276+00:00a nova era<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 107%;">O
que mais marca isto de se viver numa nova era é a ambivalência de cada momento.
Niemeyer esteve muito bem quando disse que a vida é rir e chorar a vida
inteira. Já sabíamos? </span> Pois já, mas ele é que o disse dessa forma
bela e simples (haverá forma de se dizer belo sem ser simples?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Repito
isto tantas vezes, com este ritmo de respiração, por vezes arrogando-me na
linguagem da Maria Gabriela Llansol:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">a
vida___________ é <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">rir
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">e
chorar <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">a
vida inteira______________________<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Tenho
andado muito atarefada com o luto do meu pai porque me tem doído muito. Tanto.
Mas tanto que às vezes parece que, mais do que as pálpebras de chorar (que não
choro), são as mãos que me doem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Há
dias, disse à minha psicóloga que me sinto nesta nova era como quem acabou de
fazer uma mudança de casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Vejo-me
sentada no chão de uma sala com os livros todos desempacotados (já estão
desempacotados, ao menos isso). Estou sentada no meio dos livros, em pilhas
maiores ou menores, no chão. Estou naquele momento em que olho à volta e ainda
não percebi como os vou dispôr, como os vou dividir. Aliás, há alguns livros
que já nem me lembrava de ter, ou talvez que até nunca tenha aberto. Está aqui
tudo, só não foi tudo usado e agora tem de ser minimamente organizado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Consegui
perceber já uma coisa que me faz compreender muito bem o estado de constante
inconformidade da minha mãe. A partir de agora, grande parte (senão todos?) dos
momentos de felicidade serão acompanhados de tristeza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Senti-o
há bocado. Arrumei esta ideia à hora de almoço ao ver o Chaparrito tão feliz a
dar uma volta naqueles comboios de moedinha, feliz por ter ido excepcionalmente
almoçar com os pais ao centro comercial, ainda por cima num dia de aulas. Senti
alegria pela alegria do meu filho, senti tristeza imensa por não ter cá o meu
pai para vivermos esta alegria todos juntos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ukzzQ7QTe4k/U0h4NrB5hLI/AAAAAAAADRI/dtjzQHOxBos/s1600/fb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-ukzzQ7QTe4k/U0h4NrB5hLI/AAAAAAAADRI/dtjzQHOxBos/s1600/fb.jpg" width="253" /></span></a><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Como
é possível que se tenha perdido esta pessoa? A minha mãe tem razão quando
resiste. Eu compreendo-a. E não vivi <a href="http://queodiatesejalimpo.blogspot.pt/2014/04/quem-me-deu-vida-quem-me-ensinou-amar.html">50 anos</a> com ele.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Hoje,
os meus pensamentos estão mais com a minha mãe do que com ele. Deve ser isto
aquela coisa do cuidar dos vivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Vou
ligar à minha mãe. De novo, já nos falámos hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Boa
tarde a todos, desejos de boa semana,<o:p></o:p></span></div>
<i style="font-family: inherit; line-height: 107%; text-align: justify;">Cipreste</i><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7245255357689631121.post-40374597925005281112016-03-05T09:00:00.000+00:002017-03-15T09:25:18.266+00:00para fazer depois de tomar caféComo é que, movendo apenas um palito, se obtém a soma de quatro?
<br />
A bem dizer da verdade, o <a href="http://palmierencoberto.blogspot.pt/2016/02/sempre-quero-ver-se-conseguem-fazer-o.html">post</a> donde tirei o quebra-cabeças refere "movendo dois palitos" mas eu considero que é só um ;)<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-fblHa2xrCRU/VthBFTsPpsI/AAAAAAAAADE/p95NPmvTrEw/s1600/blogger-image--1841031243.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-fblHa2xrCRU/VthBFTsPpsI/AAAAAAAAADE/p95NPmvTrEw/s1600/blogger-image--1841031243.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">desafio via <a href="http://palmierencoberto.blogspot.pt/2016/02/sempre-quero-ver-se-conseguem-fazer-o.html">Palmier Encoberto</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Bom dia,<br />
<i>Cipreste</i>dia limpohttp://www.blogger.com/profile/09783444553379390932noreply@blogger.com1