quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nós e este blog

Na primeira pessoa do singular
Cipreste, porque afinal sou a mais faladora deste blog :)

Escrevo este texto no rescaldo de grandes eventos nas nossas vidas e da vontade de escrever sobre esses e outros assuntos.

Escrevo este texto porque é uma coisa que eu faço: escrever textos.
Não me estou a justificar, estou a fazer outra coisa que faço amiúde: questionar-me.
Enquanto escrevo, tenho ideias já formadas, formo ideias novas, mudo de ideias, transformo certezas em incertezas e vice-versa. São as minhas ideias e as minhas opiniões e é tudo parte de um processo dinâmico. Aceito e assumo mudanças de perspectiva. Não tenho intenção que alguém viva sob os meus princípios. Aceito opiniões respeitosas. Aceito discordar. Aceito críticas e sugestões. Não aceito imposições e não tenho muita paciência para pessoas que revelam não estar disponíveis para sair das suas zonas de conforto e olhar outros cenários. Detestaria que toda a gente fosse como eu, gosto que o mundo seja diverso. Estou nisto como no resto, com uma ética de vida que pressupõe fazer o bem (seja lá o que isso for, não é?). Os efeitos de quem venha tresler são da inteira responsabilidade de quem o faça.

Este texto serve também para organizar ideias sobre privacidade e partilha.
Não gostando muito de epítetos, mas de forma a facilitar a expressão, digamos que sou uma pessoa extrovertida e muito aberta, gosto muito de conversar, adoro conversar, adoro relacionar-me com o outro. Isto não faz de mim uma pessoa que não goste de estar sozinha: eu gosto – muito – de estar sozinha e não me rodeio de pessoas para mascarar inseguranças e outras dificuldades que uma psicologia de almanaque pretendesse diagnosticar.
Portanto, sou uma pessoa extrovertida e muito aberta, gosto muito de conversar, adoro conversar, adoro relacionar-me com o outro, mas isso não faz com que tudo o que partilho seja tudo e o todo sobre mim e sobre a minha vida, nem quer dizer que o que se possa ler escrito por mim, na primeira pessoa, permita um conhecimento de mim, da Cipreste. Acima de tudo, o que me importa é assumir tudo o que escrevo aqui perante os meus. Uma vez mais, não, não me estou a justificar por expôr pormenores e pensamentos, estou a fazer outra coisa que faço amiúde: questionar-me. Quem sabe um dia algo me leve a mudar de ideias (lá está) e decida ser imperioso apagar isto tudo.


Na primeira pessoa do plural
Posto isto, este texto serve também de explicação e apelo.

Explicação - estas pessoas que poderão ler aqui também somos nós mas não é tudo sobre nós, falta aqui a pele, o olhar, a voz e tanto mais. O que poderão ler aqui é apenas uma parte das nossas vivências e ideias, tirar daí conclusões sobre as nossas pessoas será porventura precipitado e decerto incompleto.

Apelo - acaso consigam, através da leitura de eventos ou das imagens aqui partilhadas, identificar-nos, por favor, não revelem publicamente a nossa identidade porque:
- Alguém pode ter a veleidade de fazer a confusão que tentamos evitar com a explicação dada sobre achar que fica a saber tudo sobre nós e as nossas vidas
- Se escrevemos aqui de forma anónima é porque é assim mesmo que desejamos estar aqui ;)
- Existem situações específicas e sérias que exigem que nenhum de nós esteja identificado

Somos pessoas que escrevem. 
E assim se vai alimentando este blog, um texto de cada vez, uma reflexão de cada vez, uma partilha de cada vez.
E o nosso desejo para com quem está aí desse lado é que desfrutem. Se assim o desejarem, conversem connosco, partilhem de volta com outras experiências, etc.
E, se por um acaso nos identificarem, venham dizer-nos olá :) Pode ser através do endereço odiatesejalimpo@gmail.com ou através dos contactos pelos quais nos conhecem ;) Acima de tudo, pedimos-vos discrição.
Obrigado,
Esta família de árvores

3 comentários:

Ana disse...

Este parágrafo poderia ter sido escrito por mim:
"Enquanto escrevo, tenho ideias já formadas, formo ideias novas, mudo de ideias, transformo certezas em incertezas e vice-versa. São as minhas ideias e as minhas opiniões e é tudo parte de um processo dinâmico. Aceito e assumo mudanças de perspectiva. Não tenho intenção que alguém viva sob os meus princípios. Aceito opiniões respeitosas. Aceito discordar. Aceito críticas e sugestões. Não aceito imposições e não tenho muita paciência para pessoas que revelam não estar disponíveis para sair das suas zonas de conforto e olhar outros cenários. Detestaria que toda a gente fosse como eu, gosto que o mundo seja diverso. Estou nisto como no resto, com uma ética de vida que pressupõe fazer o bem (seja lá o que isso for, não é?)."

JoanaM disse...

que engraçado, já me aconteceu encontrar na rua pessoas de um ou outro blogue que leio, e ate já me aconteceu passar a conhecer essas pessoas, mas nunca me passou pela cabeça cometer alguma indiscrição. Acho que cada um de nós partilha o que quer e como quer. Eu cresço com a partilha, e ainda mais com a partilha que me faz discordar. Espero que estejam todos bem!

Cipreste disse...

Joana, isso é o óbvio para ambas mas não para todas as pessoas
mas esta viragem nas nossas vidas levou-nos a reflectir novamente sobre "como estar" nas redes sociais
quero "actualizar" o blog e fá-lo-ei repetindo aqui fotos e textos que fui partilhando no facebook, por exemplo
tenho a minha rede de amigos, que não é assim tão vasta (cerca de 200 "amigos") e participo em alguns grupos
também vou lendo outros blogs e percebo que, por vezes, de forma mais ou menos incauta, pode haver alguma confusão sobre identidades
assim, este post serviu para nós, para podermos inclusive recorrer a ele se houver eventualmente alguma confusão por parte de visitantes menos atentos :)
enviei-te um email
beijinhos