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quarta-feira, 2 de março de 2016

Só mais uma coisinha

Sobre a adopção por casais do mesmo sexo.

Fujo do encaixe dos casais do mesmo sexo como sendo aqueles que serão a tábua de salvação para as crianças que estão no espectro das não desejadas pelos outros candidatos. Esta ideia é feia, injusta e preniciosa tanto para os casais do mesmo sexo quanto para as crianças.

Atenção que, quando digo que se não sou a favor da institucionalização das crianças havendo quem que as queria adoptar, amar e criar, então sou a favor da adopção por casais do mesmo sexo, não estou a resumir a minha visão, nem o leque de crianças a que se possam propor, do direito dos casais à adopção daqueles que mais ninguém quis (dói só de escrever, imagino que doa de ler, mas é ou não é a verdade? Porra.). É apenas um exercício no ponto de partida para a reflexão no assunto.

Acredito não só que esses casais têm o mesmo direito de acesso que eu como também acredito no seu direito a desejar, por exemplo, um bebé.

Espero que agora não se banalize esta imagem de que os casais do mesmo sexo são aqueles que vêm para adoptar os que mais ninguém quer.
Bom, se acontecesse seria uma bela lição para todos os normodependentes, isso era.

O que quero dizer é que não vejo esta conquista dos direitos dos casais do mesmo sexo para além do interesse superior da criança, vejo-a como um interesse superior do amor, isso sim.

A conquista da adopção por casais do mesmo sexo deve ser vista à mesma luz da adopção com quaisquer outros candidatos, de todas as perspectivas - direitos e deveres, claro.

Agora cito-me doutro texto :P
(eu sei, citar-se a si próprio é uma espécie de prática de presunção e água benta)



Digo eu, que às vezes me sinto parte duma minoria na forma como encaro a adopção.
É preciso assumir que isto trata de ideias de supremacia e, em nenhuma situação, deixar que a supremacia dos direitos individuais se sobreponha à supremacia do direito da criança.

Alguém se junta em coro comigo?

Bom dia,
Cipreste

terça-feira, 1 de março de 2016

welcome willkommen bienvenue bienvenido bem-vindo


Escrever o post de ontem e responder agora a um comentário fizeram-me reparar que, de facto, eu que tomo tantas posições, ainda não tinha tomado esta: Bem-vindos, novos candidatos à adopção em Portugal!

Eu acredito nisto: O que faz uma família é o amor.

Finalmente, Portugal juntou-se ao rol de países que permitem a adopção por parte de casais formados por pessoas do mesmo sexo. Ufa. Finalmente, deixou-se de confundir a orientação sexual com a capacidade de parentalidade. Que bom. 

Já o tenho dito várias vezes, gosto de viver neste tempo. Para lá de todas as barbáries que nos sejam contemporâneas e novas face ao passado, vivemos tempos de maior abertura para compreender, respeitar e aceitar a diversidade. Ufa.

Há 10 anos, eu tentava ter uma conversa com alguém sobre a possibilidade de casais formados por pessoas do mesmo sexo poderem adoptar e era quase linchada. Só podia ter esta conversa em meios muito restritos. Hoje, já o podem fazer legalmente. Caramba, isto é uma coisa boa.

Estou feliz e dou as boas vindas aos casais formados por pessoas do mesmo sexo que eventualmente venham aqui parar para conversar sobre adopção. 
Nunca foi nosso objectivo especificar, nem afunilar, o tipo de adopção de que se fala aqui e gostamos e queremos falar com todos. 

Este mundo é muito grande  e tem imensas particularidades, mas essas não devem ser motivo para nos separarmos por grupinhos, antes devemos unir-nos - pais em casal do mesmo sexo, pais em casal de sexos diferentes, pais em adopção individual, pais através da adopção internacional, pais através da adopção na área das necessidades especiais, padrinhos civis, famílias de acolhimento, etc. 

Todos, antes de mais, devemos unir-nos para melhor compreendermos e sabermos como estar na adopção que, por si só, é já bastante difícil, não precisamos de cisões e pseudo-polémicas ;)

Estou curiosa por verificar as adoaptações das equipas para tal, nomeadamente para o aumento do fluxo que imagino que vá acontecer no número de candidaturas. Espero bem que esta alteração à lei venha a ser acompanhada do devido equipamento das equipas, nomeadamente em recursos humanos.


Uma vez mais, welcome willkommen bienvenue bienvenidos bem-vindos  :) falem connosco.

Cipreste