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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Brincar

Não costumo brincar com os meus filhos. Jogo muito, mas raramente brinco com eles. Não acho muita graça, monto uns legos ou ajudo a organizar a cozinha, de resto, acho que devem puxar pela imaginação e acho uma parvoíce fazer fretes. Se é para brincar, que seja espontâneo. Hoje foi.
Cumpri a promessa de fazer roupinhas para as bonecas. Foi um belo final de tarde passado na companhia dos meninos e da minha mãe. Eis os resultados...

Nancy
Coisa mais fácil, uma meia cortada pelo tornozelo com dois golpes para os braços e o lenço foi recortado de umas cuecas



Barbies, Violetta e Ludmilla
Da esquerda para a direita:

- top e saia às pintinhas - recortados de umas cuecas, foi a única peça que costurei, a fita é um bocado de elástico, atrás, a saia faz um laço com um pedaço do elástico;
- vestido de noite – um lenço de tecido de tipo chiffon recortado ao centro com dois golpes para os braços, preso no pescoço e na cintura com fitas de cetim* que também usámos para o cabelo da boneca;
- vestido de cerimónia (este foi o que me deu mais graça de fazer, usando umas cuecas tipo boxer, de cetim!, compradas há mil anos, por engano :P ) – usei 2 cortes das cuecas, o 1º passei pelos braços e atei atrás e o 2º fez de capa, et voilà, na cabeça usámos daqueles materiais para trabalhos manuais com arame;
- vestido de malha – igual ao da Nancy ;
- a última toilette foi apenas um conjugar de adereços, o vestido era das minhas Barbies de quando era pequena, aliás a boneca era minha também :)

* eu sabia que cortar e guardar aquelas fitas horrorosas que agora as camisolas trazem cosidas por dentro e que andam penduradas por fora das golas iria servir para algo um dia :P

Isto deu muito gozo e muita risota :)

Até amanhã,
Cipreste

terça-feira, 9 de setembro de 2014

novas demais para casar


"Too Young to Wed /Novas Demais para Casar" - é uma exposição sobre os casamentos infantis, precoces e forçados que põem em causa os Direitos Humanos de milhões de crianças em todo o mundo. Pretende contribuir para o aumento da consciencialização sobre o tema, apoiar as raparigas já casadas, desencorajar e eliminar esta prática e salvar cerca de 142 milhões de outras raparigas de igual destino. Chega a Portugal no âmbito da campanha "Continuamos à Espera" e estará aberta ao público de 1 a 15 de setembro, em Lisboa.
Em muitas sociedades o casamento é uma celebração que significa a união entre dois adultos. Mas infelizmente, diariamente, 39.000 meninas, em idade de brincar e ir à escola, são forçadas a casar. Muitas noivas são tão pequenas ainda que levam os seus brinquedos para a cerimónia de casamento. Geralmente essas meninas tornam-se mães no início da adolescência, enquanto elas próprias ainda são crianças. Isto pode resultar em profundas consequências negativas para as meninas, para as suas famílias e para toda a comunidade.

Esta exposição internacional é fruto de parceria entre o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e a Agência Premier Photo VII, integrando trabalhos das fotógrafas Stephanie Sinclair e Jessica Dimmock com diversas fotos e infografias organizadas em cinco áreas temáticas: expectativas da comunidade, viagens, saúde materna, violência e saúde mental, esperança e educação.

Depois de inaugurada na sede da ONU, em Nova Iorque, e passar por várias capitais e países, chega a Portugal no âmbito da campanha "Continuamos à Espera", da iniciativa de quatro organizações portuguesas: P&D Factor – Associação para a Cooperação e DesenvolvimentoCCC- Associação Corações com CoroaAJPAS – Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e Saúde e Oikos – Cooperação e Desenvolvimento; em parceria com o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, IP e apoio da Caixa Geral de Depósitos.

apresentação oficial da Exposição será no próximo dia 10 de Setembro pelas 16h30 no local da exposição e contará com as presenças do Secretário de Estado da Cooperação e Negócios Estrangeiros (Luís Campos Ferreira), do UNFPA (Alanna Armitage), da Presidente da P&D Factor (Graça Campino Poças), da Presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. (Ana Paula Laborinho), dos dirigentes das demais ONG parceiras da Campanha "Continuamos à Espera" -  Presidente da Corações Com Coroa e Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA (Catarina Furtado), Presidente da AJPAS (António Carlos Silva), da Oikos (Pedro Krupenski), entre outras entidades e personalidades.

"Too Young to Wed" - Novas demais para casar - estará aberta ao público entre 1 a 15 de setembro, das 9h00 às 19h00 no átrio central do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos, na Avenida João XXI em Lisboa (a entrada pode ser feita também pela Culturgest, Rua do Arco Cego). 
Entrada livre.

via OIKOS 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

(compras racionais) e (será que estou a projectar blábláblá?)

Ontem encomendámos 2 livros pela net. Não temos muito hábito de fazer compras online, gostamos de ir à fonte, dar os bons dias a quem está atrás do balcão, palpar e cheirar as coisas antes de as comprar, beber um café pelo caminho, fazer o caminho de mãos dadas, enfim, gostamos de coisas de carne e osso. Não quer dizer que por vezes não recorramos ao clique. O que dita essas compras é geralmente o facto de não ter o produto acessível na nossa cidade ou por ter um preço que lamentavelmente nos faz abdicar dos bons dias a quem está atrás do balcão, etc. etc.
Temos lido bastante sobre adopção, sempre a partir de material disponível na net (blogs, artigos, teses), só tínhamos comprado um livro até agora. E foi uma bela compra, ambos o lemos (nota mental: a ver se deixo aqui uns excertos, um dia destes). Agora aguardamos A Aventura da Adopção de John R. Thompson e Karen J. Foli e Este Meu Filho que Eu Não Tive, A adopção e os seus problemas de João Seabra Diniz. Não são os que estavam no topo da lista mas algumas circunstâncias levaram a que cheguem primeiro. Vamos ver o que nos dizem.

Entretanto, e ainda sobre compras e mais especificamente sobre compras na net, tenho de confessar que ultimamente ando com mais dificuldade em controlar os meus cliques, mais do que alguma vez tive com o controlo do hábito do tabaco, por exemplo (e para verem o quão intenso isto é). Fica-me estranhamente difícil não comprar certas e determinadas coisas. Digo estranhamente porque nem por isso me considero uma pessoa que compra por impulso (na verdade, nem sequer sei se sou forreta, mas acho que não sou). 

Acontece que ao pesquisar a imagem de um brinquedo para o último post sobre o enxoval dei de caras com todo um mundo revivalista que me dá uns calores de felicidade no peito deixando-me sozinha e impotente com os tais impulsos para clicar no botão “comprar”.

Deixo-vos dois exemplos de coisas que os meus filhos têm-de-ter porque, convenhamos, os meus filhos têm-de-ter isto:




e esta lancheira, é absolutamente imprescindível ter uma lancheira do Curious George!

eu gostava tanto (mas tanto!) das histórias deste maluco que até deu azo a crítica da minha educadora de infância que me acusou de não ser original e escolher sempre o mesmo livro (bof!)

Percebem agora o drama de uma pobre futura mãe assalariada que tem acesso à net no trabalho e que ao invés de ir ao bar tomar um café fica a seguir link-após-link e a suspirar e a lembrar-se de quão feliz foi na sua infância?
Afinal, criar não é (também) proporcionar momentos felizes aos nossos filhos? Se estes objectos/personagens nos trouxeram tanta felicidade nas nossas infâncias, não fazemos mais do que a nossa obrigação ao transmiti-los aos nossos filhos.
Parece-me que sim, mas isso também pode ser só o impulso para clicar no botão “comprar” a falar.

Cipreste


p.s. só mais uma coisinha: será que conseguem imaginar o quanto me tive de conter para não deixar um post quilométrico e resumir-me a apenas dois (2!) objectos de desejo? Por exemplo, não postei esta sacola que qualquer mãe deve ter para transportar lanchinhos para os filhos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O enxoval

Já avançou mais um pouco, o enxoval. E a casa. Temos feito algumas mudanças: já tirámos as tralhas que estavam no futuro quarto da(s) criança(s) e mudámos o escritório para a divisão imediatamente ao lado, divisão essa que na verdade nunca tinha sido usada (era para ser um estúdio e acabou por ser um albergue de lixo espólio artístico que entretanto foi devidamente distribuído no ecoponto) ficando, assim, o antigo escritório transformado em... quarto de brincar! Yay!
Prefiro chamar-lhe "quarto de brincar" ao invés de "quarto dos brinquedos" porque me dá mais a sensação de acção :)
No quarto de dormir já vivem: alguns dos meus antigos peluches; uma boneca de trapos tipicamente canadiana - A Raggedy Ann; o mocho que a tia Ana fez; um Panda que comprámos - o primeiro brinquedo comprado pelo pai e pela mãe :) ; a Family Tree House, era minha e está em óptimo estado, pedi à minha mãe (a avó B) que a lavasse e ela assim o fez em modo ritual; e três quadros, um pintado pela minha sobrinha S (a prima S, portanto), outro que me foi oferecido pela minha avó materna e outro que me foi oferecido pela minha mãe, tinha ambos há muitos anos e só faz sentido estarem no quarto da(s) criança(s).
Entretanto, o Chaparro apareceu um dia com este livro em casa :) (um daqueles momentos tão cheios de ternura em que olhas para o teu companheiro de vida e pensas "oh céus, I Love this guy so much!").

Portanto, o enxoval, ou cesto da esperança, está a ganhar forma e nós gostamos de ir vendo a casa a ser habitada de futuro.

Também começámos a olhar para as camas nas lojas de móveis, mas essa compra ficará para quando soubermos quem serão os nossos filhos e algo mais sobre eles, para fazer uma compra mais personalizada de algo tão íntimo como o é uma cama. 

Há outras coisas que fazemos questão de adquirir em avanço porque achamos que serão apreciadas. E depois há os caprichos... eu queria tanto ter uma Sophie, the Giraffe Teether. Imagino que me vão chegar filhos com a dentição de leite já completa, mas um capricho é um capricho é um capricho. O problema é que este é um bocado* caro.

Cipreste


* bocado é eufemismo, eu sei