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sábado, 19 de março de 2016

ser pai

Conheci o Chaparro no aeroporto. Foi bonito, um acaso bonito pelas mãos de um amigo comum.
Essa história fica para outro dia, o que quero contar é que menos de 5 minutos após termo-nos conhecido já o Chaparro me estava a mostrar as fotografias do Freixo, com a carteira na mão. Cerca de 5 fotos, desde bebé até à idade actual, 6 anos.
Eu estava com 31 anos e ele com 30. Era Março do ano de 2005 e ninguém das nossas idades andava com fotografias dos filhos nas carteiras. Pensava eu.
Esta é uma coisa que o Chaparro faz: abrir a carteira e mostrar fotografias dos três filhos enquanto os seues olhos brilham.
Quando paro para perceber a sorte que tenho na vida, quedo-me muito na sorte que tive em conhecer o Chaparro. Acho mesmo que foi um golpe de sorte encontrar num tão grande amor o melhor pai que poderia imaginar para os meus filhos.
Esta aventura da parentalidade é maravilhosa não apenas pelos filhos que tenho mas por quem é o pai com quem caminho lado a lado nela.


Chaparro,
Ontem, os teus filhos estavam verdadeiramente ansiosos por conseguir transmitir, nas prendas que te fizeram, o quanto gostam de ti. O mai'novo disse: espero que o papá goste porque estes são os meus sentimentos.
E é isso, estes são os nossos sentimentos. Feliz dia do pai.




Aos pais, aos órfãos, aos que nunca souberam o que é ter um pai mas sabem que é ser pai, aos que perderam os filhos, um beijinho especial neste dia,

Cipreste


p.s. não levem a canção à letra... beautiful boyz

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

cenas dos próximos episódios

Vai sair um post sobre como afinal, sim, as crianças conseguem ser muito mázinhas umas com as outras e, não, não estou a falar das honestidades que as crianças dizem de forma cómica aos 3 anos. Estou a falar de crianças da faixa etária dos 10 anos.



Há duas semanas, a Magnólia teve um dos encontros receados e esperados por nós: uma fuinha menina, na escola, perguntou-lhe se não se sente inferiorizada por ter sido adoptada.
Dentre as perguntas sobre se conhece os seus progenitores e se não tem saudades, lá veio a derradeira sobre uma pretensa inferioridade.






O ano passado já tinha havido um episódio semelhante, mais imediato. Ela esperava-me ao portão da escola e uma colega chamou-a a brincar, ao que respondeu que não podia porque esperava a sua mãe. A ranhosa da cachopa respondeu-lhe «Quer dizer, estás à espera da tua “mãe”» fazendo o gesto de aspas com os dedos ao dizer mãe.


Deslarguem-me, senão eu... !


Depois venho cá dizer como lido com isto.


Para mostrar à Magnólia como pode neutralizar em si os actos passivo-agressivos as inconveniências dos outros.


E sentir-se mais tranquila e confiante e com as armas a bagagem necessária para ir lidando com este tipo de investidas. Dou-lhe sugestões sobre como pode lidar com a situação no momento.


Ela acaba sempre estas conversas com um olhar sereno, abraçada a mim, e eu com planos maléficos para ir lá dar cabo daquela gente toda sensação de missão cumprida.


Para já, e porque acordei com isto (não sei bem porque) vim dar um cheirinho do tema e partilhar convosco a minha irritação.


Bom dia a todos,
Cipreste

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

cultura geral

era daqui que vocês viam filmes quando eram pequeninos?
pergunta a minha filha com este LP na mão


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

ai ca nervos

Sigo esta mãe desde muito antes da chegada dos meninos. Uma vez inclusive traduzi um post seu.

E agora ela tinha de ir tocar no assunto. Argh.
Na consulta de pediatria do ano passado, o pediatra, nosso amigo, disse que a Magnólia iria menstruar nos 12 meses seguintes. Aliás, disse-o a ela. Apeteceu-me colar-lhe a boca com fita-cola. Raio de coisa para se dizer à miúda, pá! Não estou preparada para isto.

Ok, ok. Não penso assim. Ele fez bem, e fê-lo bem. Apenas, acontece que… eu não estou preparada para isto. Pronto, já o disse. Não sinto maturidade para enfrentar a menarca da minha filha. Grande palavrão, hein? Mas é assim que se chama a primeira menstruação de uma mulher. Acabei de escrever “mulher” pensando na minha filha. Oh-meu-deus.

Estão a ver o meu nível de preparação? Pois.

Mas não pensem que estou sozinha nesta falta de preparação. Há duas semanas, a Magnólia queixou-se de dores musculares no baixo-ventre durante dois dias. Ao segundo dia, já eles se tinham deitado e disse ao Chaparro que era capaz de estar aí a menarca dela e ele mandou-me calar. Assim mesmo: mandou-me calar(!). O Chaparro nunca me manda calar. Disse-me “Cala-te” (como é que é?!) “Isso dá-me vontade de chorar” (disse, já com os olhitos pequeninos e brilhantes) e rematou “ela é muito pequenina, é a minha menina”. Haha, ela já ultrapassou a minha mãe em altura, já cresceu uns 12 cm desde que está connosco. A nossa menina já não é pequenina.

Ai… é, é! Escrevo cá com cada parvoíce. Pfff.

Estão, finalmente, a ver o meu nível de não preparação para isto? Pois.

Ontem, numa conversa com ela, voltei a tocar no assunto “porque um dia destes vem-te o período” blábláblá.
Acho que ela encara isto com naturalidade, nem sequer é pessoa de stressar com as coisas. A mãe é que…

Faltam-me coisas.
Falta-me um livro: alguém aí desse lado me recomenda um livro sobre o assunto para lhe oferecer e ler com ela?
Já comprei duas bolsinhas para lhe dar nesse fatídico dia. Uma mais pequenina onde caiba um penso higiénico e um toalhete (daqueles embalados individualmente), para ter na sua malinha, e outra bolsinha um pouco maior para ter com reforços no cacifo da escola.
Mas não comprei pensos porque… ela é... muito pequenina, entendem?
Argh.
Quando me veio o período usei um penso da minha mãe e da minha irmã - não havia distinções lá em casa, estava tudo no mesmo armário da casa de banho, eram da marca Modess (alguém aí se lembra daqueles pensos-almofada?). Eu não tenho pensos porque, enfim, já sabem, sou histerectomizada (com anexectomia bilateral). Que pensos devo comprar? Os que eu usava são grandes demais para ela, para as suas cuequinhas… ela é muito pequenina, é... um bebé pequenino – o meu bebé pequenino, percebem?


Ajudem esta pobre mãe.
Ajudem-me, por favor.











Cipreste

post-scriptum  agora mais a sério, quem vos fala daqui é uma mãe que sofreu muito (e sofrer não é eufemismo) por causa do período e... e... e nada, pensar na possibilidade da minha filha sofrer como eu sofri, enfim, deixa-me aflita, fico como o Chaparro, só me dá vontade de chorar. E eu sei que ela não tem os meus genes, mas uma em cada cinco mulheres sofre de endometriose e... oh, céus.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

overload de fofura

Ela

Pergunta se podemos ter um hamster.
Eu digo que sim, mas que se prepare para que sirva de refeição ao gato.
Ela pergunta se o hamster não pode ficar com a avó. Não pode.
Depois de estudar alguns cenários, todos inexequíveis, conforma-se: pronto, espero por crescer e ter um na minha casa, só não o posso trazer quando vier cá a casa por causa do gato.

Agradeço-lhe em silêncio que inclua o gato nos planos das próximas décadas.


~ ~ ~ 

Ele

Mãe, tens de ficar a olhar para a lua enquanto eu leio, só podes tirar os olhos da lua quando eu acabar o parágrafo.
...
Mamã! Estamos a ler, não é hora para beijinhos, vá, olha para a lua enquanto eu leio para ti.


Isto aguenta-se?

E mais vos informo que tenho foto que acompanha este momento, por acaso não se percebe bem o rosto dele mas não posso partilhá-la convosco, receio que o Chaparrito um dia me venha pedir contas - está fofa demais. Só levanto a ponta do véu um bocadinho... envolve aquele bocadinho de barriguita que ele tem a espreitar da camisola do pijama e os pézinhos de bebé dele. E mais não digo.

sábado, 18 de julho de 2015

curtas

Enquadramento da situação: ter uma mãe que fala português e um pai que fala alentejano

Os efeitos do bilinguismo, numa prova de nêsperas, a minha filha diz: É bom! Só que ainda não consegui perceber bem se sabe a maçã ou a pêro.