quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

e a tentar fazer o encaixe de tudo isto

uma coisa por publicar, com o editor à espera; umas (novas) arrumações que planeei para a nossa sala de forma a podermos fazer ioga e meditação em família; a reestruturação que fiz nos nossos hábitos alimentares e consequente logística; a mudança do meu horário de trabalho implicando almoço em casa 4xsemana (ora com um filho, ora com o outro) e consequente logística; o vídeo/performance que está por fazer há 2 anos (dois - anos!); momentos para estar comigo e com o (luto d') o meu pai; acabar de ler o raio do livro que estou a adorar mas que me adormece, como qualquer outra leitura me adormece assim que caio na cama (vou começar a ler no carro, nos momentos em que espero os meus filhos entre escola-actividades); isto tudo sem sequer falar do meu trabalho (o de ganha-pão) porque aqui listei apenas o que faço na vida familiar e nos meus "passatempos".
e, depois, existe ainda muito eu, eu tudo e cada coisa, eu mulher, eu pessoa, eu casa, eu mundo. vai daí, dou de caras com este excerto:


in História de Quem Vai e de Quem Fica de Elena Ferrante via Não mudes nunca


pronto, ok, seu sei, nem sequer estou afilta e não, não penso que se esteja a perder um génio e sim, eu sei que estou a viver o que sonhei e sim, está a ser muito bom mas uma pessoa, às vezes, deve parar e verificar em que direcção está a seguir 
e, se necessário, dar uns toques no volante
a bem dizer, sou mãe há um ano e perdi um bocado de mim no momento inicial em que era preciso estar com a atenção virada para a adaptação dos meus filhos, agora começo a reencontrar-me nalgumas esquinas e está a ser muito bom
muito bom mesmo
um ano é pouco, bem sei, mas eu tinha saudades de mim
era só isso 

1 comentário:

Anónimo disse...

um dia estava num supermercado e havia uma conversa de fundo entre uma mae e filha num tom preocupado e a filha comecou a andar e virou-se para a mae em acto teatral e comecou a cantar "let it go, let it go" e as duas, mae e filha olharam uma para a outra e sorriram...
e eu que estava acompanhada por um ingles que sabe pouco de portugues, este olhou para mim e desatou a rir, ele percebeu e achou o maximo a ternura da desavenca....muito diferente da cultura dele...
...nesta vida, parece, que cabe tudo, naquele momento da forca explicado pelos fisicos, cabe la tudo, o desejado e o indesejado, o toleravel e o intoleravel, o finito e o infinito...naquele ponto, cabe tudo
...yin e yang...aprendizagem para toda a vida
abraco com muitas saudades