sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ainda sou do tempo... em que usávamos a mala do enxoval

Enquanto esperamos pela concretização da adopção, pouco podemos fazer em prol da futura família, dos nossos futuros filhos. Ou antes, a única coisa que nos sobra é ler, procurar aprender o máximo possível sobre “parentalidade terapêutica” – conceito em voga aplicado à parentalidade na adopção.

Por vezes, ler torna-se muito pesado. Pelo menos para mim que, na verdade, não tenho procurado ler livros “cor-de-rosa” sobre adopção, restando-me literatura bastante pesada, muitas vezes académica e muito densa.

Com os eventos, também pesados, que têm ocorrido por aqui, preciso de uma lufada de ar fresco, de um escape. Preciso de ouvir histórias de sucesso e não esquecer que toda esta dificuldade é em prol da busca de uma outra felicidade. 

Precisava de ter uma mala do enxoval onde guardar a parte azul e cor-de-rosa deste sonho.

 imagem via Notícias do Ribatejo

Desde que decidimos adoptar, o primeiro passo após a entrega da candidatura foi fazer uma pequena transformação cá em casa. Vivemos numa casa velha com 3 quartos e uma casa de banho no andar superior, um dos quartos estava transformado em quarto de vestir, o outro é o nosso e o terceiro é o do Freixo. Desmontámos o quarto de vestir que passou a chamar-se “o quarto dos meninos”. É mais forte do que nós, mesmo sem saber se será uma ou duas crianças e qual o género, está para sempre baptizado como o quarto dos meninos. De momento, contém uma cómoda antiga que era da minha avó paterna – pesada e escura, um roupeiro ikea e um sofá-cama baratucho da moviflor. A cómoda da minha avó tem em cima alguns objectos já destinados aos nossos meninos, que já descrevi um pouco ali e ali. As paredes são amarelo tipo girassol e as janelas de madeira, em guilhotina, porta por dentro e rodapé estão pintados de preto. A nossa casa é muito colorida e este quarto foi idealizado assim, para ser quarto de vestir. Quando nos mudámos para esta casa, há 5 anos, não quisemos ter quartos-fantasma, mesmo sabendo da nossa vontade de ser pais, não quisemos ter ali um quarto à espera a lembrar uma ausência. Portanto, quando chegar a personagem, ou personagens, que venham habitar esse quarto logo lhes perguntaremos sobre as cores e decoração de sua preferência para proceder em conformidade. O facto de ter apenas um quarto reservado com a eventualidade de chegarem duas crianças prende-se com a nossa convicção de que dormir na casa de dois-completos-estranhos há-de ser mais fácil se se partilhar o quarto com um irmão, ou irmã. Depois de instalados, logo nos organizaremos para saber se se desdobra o quarto do Freixo, ou se se fazem outras alterações.
Adiante com pormenores técnicos sobre distribuição familiar por assoalhadas que eu quero mesmo é falar de enxoval.
Portanto, o quarto dos meninos tem esses móveis, dos quais sairá o sofá-cama que passará para o family room. Tenham paciência com o estrangeirismo, mas é isso que eu também sou – estrangeira, devido à minha condição de nascida no Canadá. Acontece que não nos tem sido prático chamar quarto de brincar à divisão que antes era o escritório, escritório esse que agora passou a ser no antigo estúdio, estúdio esse que anulámos por entretanto se ter tornado num depósito de lixo velharias. Não se percam pela casa nem pensem que é um casarão, trata-se apenas de uma casa geminada com um anexo que penso termos aproveitado muito bem, modéstia à parte. E já que falamos de modéstia, digo-vos que a casa, embora se apresente como modesta, é-o muito pouco, chamamos-lhe nossa-senhora-da-eterna-manutenção. Tem quase 70 anos, alvenaria em pedra, janelas originais, ou seja, de madeira e com vidros fininhos e nada eficazes energeticamente, soalho original, enfim, tudo o que possam imaginar que exige manutenção e respectivos gastos constantes, sem falar no pormenor de se sujar muito mais, acumular mais pó e ter  aranhas&comp.ª. Enfim, a verdade é que eu e o Chaparro temos o gosto das casas velhas em bairros velhos e esse charme tem um custo.
Mas eu, há um parágrafo atrás, havia dito que queria falar de enxoval, não é verdade? Já lá chegaremos. Acontece que dei conta de que, aproveitando o facto de não ser uma pessoa muito sucinta nas descrições, achei que para explicar o que tem sido este dificuldade em não fazer um enxoval para os meus futuros filhos tinha de comentar o que já existe à espera deles. Assim, tinha ficado na explicação do estrangeirismo family room, termo que o próprio Chaparro também já utiliza, já lhe chamámos quarto de brincar mas dá-nos demasiada noção da ausência de alguém que ainda não chegou. Trata-se da primeira divisão do anexo, que está colado à casa através de um corredor com telheiro transparente e que se segue à cozinha – a divisão ideal, portanto, para eu estar a cozinhar e ter simultaneamente os miúdos debaixo de olho. (sabe tão bem dizer isto, sonhar com esta ideia: eu estar a cozinhar e ter simultaneamente os miúdos debaixo de olho). O family room tem uma estante com os nossos livros de infância, livros juvenis, livros de história, ciências naturais e geografia, Atlas, revistas da National Geographic e outras, jogos de tabuleiro, alguns brinquedos e instrumentos musicais curiosos - tudo coisas que já nos pertenciam, depois também há uma mesa com 4 cadeiras onde lemos, jogamos, desenhamos e duas poltronas que passarão para a sala dando o lugar para o sofá-cama, o resto do espaço será liberto para haver algum chão onde brincar.

Acontece que há uns meses, numa conversa com a Assistente Social da nossa equipa esta nos “proibiu terminantemente” de continuar a fazer enxoval. Bah. E bah. Fiquei amuada. Mas fui obrigada a reconhecer que compreendi os seus argumentos. Quando percebeu a minha desilusão, lá concedeu: ok, podem ir fazendo uma biblioteca.
A verdade é que continuo a achar que o enxoval que estávamos a fazer era, de certa forma, inócuo para nós. Nunca comprámos roupa de vestir nem qualquer objecto dirigido a uma criança ficcionada. Eram generalidades, fronhas, um peluche, mantinhas, etc. Gosto da ideia da mala do enxoval, de ir lá de vez emquando e tirar tudo para fora sonhando com o que está por vir. Mas uma promessa é uma promessa é uma promessa e, se não conseguíssemos manter esta, penso que isso quereria dizer que estaríamos muito mal na ideia do que é a sinceridade e colaboração com a equipa de adopções.

O que aconteceu: não comprámos sequer um livro durante meses. No passado Sábado, havia um senhor a vender livros em segunda-mão lá na terra dos meus pais e então voltámos à composição da biblioteca para os nossos meninos com este livro por 1€.

Confesso que me custa um bocadito não comprar determinadas coisas, mas esta é a minha missão: controlar-me, pelo bem das minhas representações mentais.


Gostaria muito de saber qual a vossa opinião sobre este assunto.

E aos companheiros de adopção pergunto como fazem, vão fazendo algum tipo de enxoval ou nem sequer pensam nisso? Falaram disso com a vossa equipa de adopções? Hoje, visitava a Heidi e dei conta com mais um dos seus posts sweets for my sweet e pensei em pedir-vos para partilhar connosco as vossas experiências.

Peço aos que já adoptaram se podem partilhar como foi a azáfama de comprar quarto, roupa, brinquedos tudo de uma assentada só. A equipa deu-vos alguma lista?
Entretanto, já temos um pé-de-meia a contar com esses dias, que mais nos soam a loucura consumista do que a enxoval. Foi assim para vós?

Cipreste

13 comentários:

Marta Faustino disse...

Eu neste momento ainda não cheguei aí. Ainda estamos a assimilar o facto de não podermos termos filhos (a minha última inseminação foi em Abril passado). Temos apenas um quarto, com as paredes pintadas de alfazema onde o meu marido tem os seus "pertences", a impressora e duas pequenas secretárias que nem sequer utilizamos. No próximo ano vamos pensar mais a sério nesse assunto (e com certeza vou seguir o teu blog, daí desculpa não te poder ajudar). Beijinhos.

luarte disse...

Olá Cipestre :)
Estamos no processo de adoção há 2 anos e confesso que a minha experiência é muito diferente da tua. Temos o quarto que está destinado para o(a) nosso(a) filho(a), mas neste momento é simplesmente um quarto de arrumações, com sacos, aspirador, algumas caixas. Ainda não senti necessidade de fazer o enxoval ou de comprar seja o que for. Como não sei a idade que terá é-me difícil equacionar esse género de coisas. Penso sempre que na altura logo se vê.
Beijinhos

Anónimo disse...

Lembro-me perfeitamente das primeiras peças do escasso enxoval da minha filha: dois livrinhos, comprados com secretismo e com um sentimento que não consigo descrever. Só os comprei quando sabia que havia uma possibilidade da adopção se concretizar em breve. Até essa altura, nunca pensei em comprar ou preparar fosse o que fosse.
Só depois de saber qual seria a criança e a idade que tinha é que comprei um ou dois brinquedos e alguma roupa, muito pouca. O quarto preparei-o quase de véspera. Pintei uma cama velha que lá estava e mudei o escritório para a sala. E coloquei no quarto a fotografia da minha filha, que ela adorou (por outros relatos, sei que é algo que as crianças mais valorizam).
Num segundo processo, tudo foi diferente. Sabia que estava no topo da lista nacional e por isso enchi-me de esperanças e fiz asneira. Mandei fazer uma cama e preparei o quarto todo pensando na segunda criança. Nada acontecia. Surgiu uma segunda oportunidade de adopção internacional e avancei. Correu mal e acabei com 2 camas e algumas peças de roupa sem uso.
Penso que quando as técnicas desincentivam o enxoval ou o preparar do quarto o fazem para evitar que o candidato viva de alguma forma “refém” do processo de adopção. Além disso, há sempre uma incógnita quanto à criança. Ao comprarmos isto ou aquilo estamos a ir ao encontro da expectativa que temos, da imagem de uma criança idealizada, imagem que devemos evitar alimentar. A mim, faz-me alguma confusão a ideia de preparar o quarto com grande antecedência, assim como preparar o álbum de família para dar à criança. Mas também me faz confusão uma grávida de semanas ou alguém que esteja a pensar engravidar começar a preparar o enxoval. Talvez seja a minha natureza pessimista.

Cristina

Anónimo disse...

Olá Cipestre, não esperava ver-me aqui :) Bom, vamos lá. Fez agora um ano que me dirigi pela primeira vez à SS para dar início ao processo. O meu pedido é para uma menina até aos 3 anos. Em relação ao quarto, não tenho. Para ter um quarto, preciso de fazer algumas alterações em casa o que implica algumas obras. Não quero fazer cedo de mais, mas também não posso deixar para 3 dias antes. Nunca sabemos quando o telefone vai tocar, não é verdade? Já tenho o orçamento e tudo e tudo. É só chamar o senhor para vir tratar do assunto, mas e se depois o telefone não toca durante 3 ou 5 ou mais anos? Enfim, é um risco que tenho que correr, porque um quarto ela vai ter mesmo de ter.
Em relação ao enxoval, não tenho muitas coisas, mas tenho algumas é verdade: uns livrinhos, uns peluches (2 ou 3), uma mantinha de retalhos feita por mim e pouco mais. Roupas não tenho. Só uns miminhos. Quem não gosta de miminhos? Perguntava a minha mãe "então e se te calha uma raparigona de 14 anos?". Bom, eu especifiquei que queria uma menina mais pequena. Acho que dificilmente a SS me diria olhe não vai dar uma menina até aos 3 anos, mas há aqui uma com 14. Nunca referi isto à minha equipa. Não sei se é normal ou não. Sei que é normal quando se está grávida e não estamos grávidas de coração??? Qual é o mal de sonharmos um bocadinho? A mim dá-me algum conforto e ajuda a passar os meses de espera. Enquanto as outras pessoas compram roupinhas e carrinhos e enxovais completos e vão vendo a barriga a crescer e contando o tempo que falta, nós compramos um ou outro miminho, porque não temos garantias de nada.

Anónimo disse...

Olá Cipestre
Eu tenho uma história muito engraçada no que conta ao enxoval.
Tinha desde a construção da minha casa um quarto que seria destinado à minha futura criança.
Quando soube que estava apta para a adopção comprei um peluche que ficou dentro do armário embrulhado.
Mas vamos ao quarto. Pensei em mobilá-lo. O que escolhi tanto dava para menino como para menina, uma vez que não tinha especificado nada quanto ao sexo. No entanto, como as paredes eram todas brancas, pensei em pintar uma parede de laranja. Um dia o meu marido fez-me a vontade e pintou a parede onde iria ser a cabeceira da cama de laranja. Mais uma vez uma cor que não comprometia o sexo da minha futura criança. Depois vi numa loja um candeeiro que gostei muito e não resisti... Com motivos infantis comprei-o e foi aplicado. Durante tempo, e estamos a falar de mais ou menos 1,5 anos não havia maneira de vir a mobília que tinha escolhido. Quando chegou instalei-a e continuei à espera... Apenas um mês depois tive o telefonema da SS. No entanto para tudo o resto, roupas, produtos de higiene, etc... só tive 4 dias com um fim de semana pelo meio. Isso é que foi corrida às compras... Nunca tive tanto gosto em comprar algo. Também tive algum apoio por parte de uma vizinha que tinha na altura uma criança mais velha que o meu filho apenas meio ano. Na altura o meu menino tinha 2,5 anos. Quanto a lista a SS não me deu nada. O Centro onde ele estava deu uma pequena apresentação a referir os gostos. Quanto ao alguma vez ter falado de enxoval com a equipa, se isso aconteceu não meu recordo. Sou a favor de irmos fazendo algum "enxoval", porque isso enche-nos o coração.
Já agora a minha espera foi de 3 anos. Uma espera bem pequenina.

Anónimo disse...

Olá. Eu sou mãe de dois meninos lindos. Soube uma semana antes que estava "grávida" de dois filhos com diferença de dois anos de idade. Pintei e comprei tudo nessa semana: quarto de dormir e preparei, tal como tu, um quarto de brincar que esperava há 3 anos por estes filhos tão desejados. Só te posso dizer que quando chegaram estava tudo pronto. É certo que nessa semana quase não dormimos, mas conseguimos fazer tudo o que queríamos. O que os outros fazem em nove meses nós fazemos numa semana. Mas é tão bom! Quanto à lista ninguém nos deu lista nenhuma, nós compramos aquilo que achamos que era necessário ( e não só).
Não comprei nada antes de saber que ia ser mãe, mas se te sentes bem a faze-lo, qual é o mal? Roupas e artigos pessoais, não, pois nunca sabemos a idade dos nossos filhotes, mas quanto ao resto não vejo mal nenhum. Beijos e uma espera curtinha.

Anónimo disse...

Eu nao sei nada de nada, mas fazer um enxoval faz parte de viver e saborear a vida. A minha geracao deixou de fazer enxoval...se calhar por estar relacionado com "casar", e algumas comecaram a ver que afinal "casar" (e familia) nao era um dado adquirido. Conheço varias solteironas com a Arca cheia e quando a abrem e mostram os seus tesouros, observo sempre paz e inocencia...as coisas boas da vida... claro que ha amargo de boca quando a fechamos...mas amargos quem os nao tem...agora o tesouro e unico e pertence-lhes.

Na Australia ha um passaro, "blue bird", que colecciona coisas azuis no seu ninho...um verdadeiro tesouro...

Enxoval...para dizer a verdade nunca parei de o fazer, faz-me sentir viva...desgraçado de quem ficar para as limpezas quando eu morrer:-)

Anónimo disse...

Olá ,

Vou tentar resumir a nossa história :)

Recebemos o bendito telefonema a 18.07.2011 para ir á SS ler a proposta que tinham para nòs , no dia 19 lá estávamos nós super ansiosos , lemos as 2 folhas que tinham para nòs (eu dos nervos só li o nome e a idade da criança ) eu e o meu marido entreolhámos e já estava mais que decidido que era um SIMMMMM.

Com o sim dito as técnicas disseram-nos que tínhamos que estar no dia 09.08.2011 ás 10h em Faro nessas 2 folhas não havia fotos apenas sabíamos que era uma menina e que tinha 22 meses .

E foi nesse espaço de tempo que organizamos o quarto pq até aqui era um simples quarto das "tralhas"

Roupas ... Comprei apenas 3conjuntos apenas tendo em conta a iidade pq não sabíamos como é que ela era fisicamente.

Cadeira de bébé do carro emprestaram-nos.
um dia antes da viagem ( nós somos de Lisboa ) por impulso comprei um boneca de trapos em tons de rosa e roxo .ate aqui o único brinquedo ....

E durante o tempo que estivemos há espera nunca comprei rigorosamente nada .

E sò depois de a trazemos para casa é que organizamos tudo nas calmas e compramos as coisas adequadas para a idade dela e para ela .

Vou lendo o seu blog e as vezes apetece comentar ..mas nunca o fiz , hoje foi o dia ...mas por impulso :)


Portanto se desejar saber mais pormenores , estarei aqui com todo o prazer para lhe responder ,até porque já tive no seu lugar .

Beijinho desejo lhe uma espera curtinhaaaaaaaa

SL

Cipreste disse...

Marta FG, a ideia das paredes pintadas de alfazema soa tão bem :) sim, tomem o vosso tempo para sarar e acompanhemo-nos mutuamente ;)
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Luarte, de facto, as pessoas processam as vivências de formas muito variadas :) tenho mesmo a “coisa” do enxoval em mim, como algo a que me possa agarrar, mas consigo compreender a forma de processar o sonho sem o alimentar com objectos físicos. Na verdade, também não sabemos a idade, mas creio que será sempre uma (ou duas) criança “mais velha”.
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Cristina, a tua descrição da preparação do quarto no primeiro processo é muito bonita e transparece serenidade. A colocação da fotografia da criança no seu quarto é uma sugestão da própria equipa, isso já nos disseram. Parece que tem um efeito mesmo muito positivo e faz sentido que assim seja.
também concordo que “quando as técnicas desincentivam o enxoval ou o preparar do quarto o fazem para evitar que o candidato viva de alguma forma “refém” do processo”, na verdade, nenhum dos objectos que comprámos é especificamente direccionado à imagem de determinada criança idealizada, mas é como eu disse… uma promessa é uma promessa e parei com isso ;) Quanto à ideia de preparar o quarto com grande antecedência, também não me faz sentido pois crendo que receberemos crianças mais velhas penso que devem ter direito a uma palavra sobre a decoração do seu quarto.
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Pois é, Heidi, o teu post foi o mote para escrevinhar sobre um assunto que, pelos vistos dá para muita conversa ;) e eu também sou da opinião de que não faz mal sonharmos um bocadinho. A mim também dá algum conforto ;)
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Olá, Anónimo/a do dia “30 de Agosto de 2014 às 01:28” :P
De facto, só o facto de termos, desde início, um quarto destinado a uma criança acho que já pode ser considerado como enxoval, não? :)
“No entanto para tudo o resto, roupas, produtos de higiene, etc... só tive 4 dias com um fim de semana pelo meio. Isso é que foi corrida às compras... Nunca tive tanto gosto em comprar algo” imagino que sim, mas só de imaginar o espaço de tempo versus a quantidade de coisas + o assimilar que “é desta que vamos ser pais”… que turbilhão! :)
“Já agora a minha espera foi de 3 anos. Uma espera bem pequenina.” Mesmo! :)
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Olá, Anónimo/a do dia “30 de Agosto de 2014 às 17:29” :P
“ Só te posso dizer que quando chegaram estava tudo pronto. É certo que nessa semana quase não dormimos, mas conseguimos fazer tudo o que queríamos. O que os outros fazem em nove meses nós fazemos numa semana. Mas é tão bom!” não consigo expressar quão bom, quão reconfortante, é receber os vossos testemunhos! “Quanto à lista ninguém nos deu lista nenhuma” pois, foi o que suspeitei…
“Não comprei nada antes de saber que ia ser mãe, mas se te sentes bem a faze-lo, qual é o mal? Roupas e artigos pessoais, não, pois nunca sabemos a idade dos nossos filhotes, mas quanto ao resto não vejo mal nenhum.” :) obrigada pela “validação” ;)
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Olá, “AnónimA” do dia “31 de Agosto de 2014 às 08:35” :P Kina!!! <3
“Eu nao sei nada de nada” ai sabes… sabes! :)
Partilho completamente da tua opinião no que concerne o enxoval e acho a descrição do blue bird deliciosa!
Saudades, minha linda!
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Olá , SL,
Até me deu os nervos só de imaginar o SIM ;)
Obrigada pela partilha e por acompanhar o blog, faz bem sentir a vossa companhia!

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A todos,
Muito muito obrigada por tirarem um bocadinho para partilhar as vossas opiniões e experiências. É sempre muito bom sentir a vossa presença aí desse lado.

Beijinhos e uma óptima semana para todos nós!

Anónimo disse...

Cipreste,

Caso tenha alguma pergunta/questão sobre o n/processo esteja á vontadinha :)

Beijinho,
SL

Cipreste disse...

Muito obrigada pela disponibilidade, SL :)

beijinhos

JoanaM disse...

Olá Cipreste! Eu tenho uma experiência diferente. Enquanto esperava, acumulava as coisas da minha filha mais velha. Sentia-me um bocado estupida por estar a guardar tanta roupa sem saber quando e se a adoção se concretizava, para além de ter um monte de roupa rosa e vestidos, nada util para um menino. Numa fase de limpeza emocional, acabei por dar quase tudo o que era roupa de bebé a amigas por achar que de qualquer forma essa nunca seria preciso. Como o nosso leque de idades era bastante alargado, nunca pensamos ter uma filhota tão pequena... Quando recebemos a noticia da nossa filhota tivemos ainda 3 semanas até ela chegar, por incompatibilidade profissionais. E nesse tempo recuperamos algumas coisas, outras emprestaram-nos, e outras compramos depois dela chegar. Pintamos o quarto, que era o escritorio e montamos tudo nessa altura. Uma loucura. A unica coisa que fui comprando foram livros sobre adoção, mas que também foram uteis para ir falando com a nossa filha mais velha. Mas a verdade é que mesmo quando ela nasceu, comprámos tudo muito tarde :) Também pusemos as fotos que tinhamos da K. no quarto e noutros cantos da casa! As coisas são o menos importante, os amigos emprestam algumas, a familia dá outras, e devagarinho as coisas vão aparecendo e enchendo o quartinho!

Cipreste disse...

"Numa fase de limpeza emocional" :) às vezes também faço

obrigada pelo teu testemunho, Joana <3